Aumento do preço de imóveis precisa ser combatido com novas abordagens

Fenômeno que ganha força em vários países precisa ser combatido, senão pode ameaçar até governos e mercados

Por Redação em 11 de janeiro de 2022 2 minutos de leitura

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O aumento no preço dos imóveis e dos aluguéis tem acontecido mundialmente e precisa de iniciativas novas para combatê-lo, como mostrou uma reportagem recente da Bloomberg. “É um fenômeno que ganhou asas na pandemia. E não são apenas os compradores, pois os aluguéis também estão disparando em muitas cidades. O resultado é que a questão perene dos custos da habitação tornou-se uma questão de desigualdade habitacional aguda, e uma geração inteira corre o risco de ser deixada para trás”, resumiu a agência de notícias.

A habitação, segundo a matéria, tornou-se uma grande questão política e está exigindo novas formas de abordagem, que podem incluir desde limites de aluguéis a impostos especiais sobre proprietários de terras. Entra como alternativa também a nacionalização de propriedades privadas e a transformação de escritórios vagos em moradias. “E quem não se mexer, vai pagar as consequências”, pontua o material. 

Aumento de preço de imóveis vai da Coreia à Alemanha

É o caso da Coreia do Sul, onde o partido do presidente Moon Jae-in foi derrotado nas eleições para prefeito em 2021 depois de não conseguir lidar com um aumento de 90% no preço médio de um apartamento em Seul desde maio de 2017.

A China, sentindo a tendência de crise, teria intensificado as restrições ao setor imobiliário no ano passado, e há especulações de um imposto sobre a propriedade para reduzir os preços. 

Hoje, o custo de um apartamento em Shenzhen, que é o correspondente ao Vale do Silício Chinês, era igual a 43,5 vezes o salário médio de um residente em julho de 2021, mostrando o tamanho do problema. 

Do outro lado do mundo, no Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau prometeu uma proibição de dois anos de compradores estrangeiros, caso seja reeleito. 

Na Alemanha, por sua vez, os protestos sindicais foram fortalecidos, assim como na Irlanda.

O problema habitacional também foi turbinado pela pandemia, puxando recordes nos últimos 18 meses. A tempestade perfeita reuniu taxas de juros ultrabaixas, a escassez de produção de casas, mudanças nos gastos das famílias e menos casas sendo colocadas à venda, na avaliação da Bloomberg. 

“Embora isso seja uma vantagem para os proprietários existentes, os compradores em potencial estão encontrando cada vez mais dificuldade para entrar”, explicou a reportagem. Para os especialistas, as soluções devem partir no sentido de evitar penalizações aos locatários e aos proprietários. “É uma tarefa nada invejável”, resume a matéria.

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