Hortas urbanas nas alturas podem ser futuro das fazendas

Startup leva luzes e IoT para acelerar produção de hortas urbanas em Hong Kong.

Por Redação em 21 de junho de 2022 2 minutos de leitura

Hortas urbanas no topo de prédios é um dos caminhos para reduzir a insegurança alimentar das cidades. Mas que tal criar um prédio de hortas? É o que a startup de Hong Kong, Farm66, quer levar para os espaços urbanos.

As fazendas verticais da Farm66 conseguem equilibrar a equação complicada de ter uma horta produtiva e que ocupe menos espaço, o que é importante para as cidades. De acordo com o CEO da Farm66 Gordom Tam, apenas 1,5% dos vegetais consumidos em Hong Kong são produzidos localmente. O número foi percebido pela população durante parte da pandemia da Covid-19, já que houve uma limitação das rotas de entrada de produtos internacionais no país. “As fazendas verticais são uma boa solução porque os vegetais são produzidos nas nossas cidades”, comentou Tam. 

Hortas urbanas se traduzem em fazendas multicoloridas

A Farm66 une a tecnologia hidropônica, que já é utilizada em larga escala no agronegócio, com uso de LED e tecnologias de comprimento de onda. De maneira mais simples, as cores diferentes da luz de LED podem estimular partes diferentes das plantas. Luzes vermelhas, por exemplo, fazem as hastes crescerem mais rapidamente, enquanto o LED azul incentiva as folhas a ficarem maiores.

O prédio industrial da Farm66 tem 1,8 mil metros quadrados e já consegue produzir vegetais como alfaces e outras folhas verdes para mercados locais. No total, são sete toneladas de vegetais por mês.  Além disso, a companhia usa sensores de Internet das Coisas (IoT, da sigla em inglês para Internet of Things) e robôs para analisar o controle de qualidade e gerenciar a quantidade de água e energia utilizada. 

Produção e vendas no bairro

O comportamento mais sustentável que as pessoas da cidade podem perseguir, diz um dos diretores da ParticleX, que investe na Farm66, é consumir produtos locais.

A Farm66 também recebeu recentemente pedidos de escolas e organizações privadas para ajudar a cultivar seus próprios alimentos em cozinhas e pequenos espaços. “Fornecemos sistemas da fazenda à mesa para que as organizações possam cultivar vegetais por si mesmas. Queremos promover a agricultura urbana e os princípios de ESG para melhorar a qualidade de vida”, diz Tam.

Agora, o executivo planeja expandir a Farm66 para além de Hong Kong e exportar seus sistemas de agricultura urbana e know-how para outras cidades. A startup já criou, por exemplo, uma fazenda móvel a partir de um contêiner de transporte para cidades desérticas no Oriente Médio. E a companhia, literalmente, olha para além da Terra: já está em teste maneiras de criar uma “fazenda gravidade zero”. Ou seja, criar formas de produzir alimentos em ambientes sem gravidade, mais conhecido como: Marte! 

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