Mobilidade Urbana como Serviço (MaaS) cresce com cidades inteligentes

Novo mercado que já concentra players importantes, Mobilidade Urbana como Serviço tem expoente na americana Scootaround

Por Redação em 20 de janeiro de 2022 2 minutos de leitura

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O mercado de Mobilidade Urbana como Serviço (MaaS, da sigla em inglês), deve atingir US$40,1 bilhões até 2030 em nível global. A informação é do relatório Mobilidade como Serviço, publicado pela MarketsandMarkets. Em 2021, o segmento foi estimado em US$3,3 bilhões e deve apresentar um crescimento agregado anual de 32% até 2030.

Nos Estados Unidos, o MaaS é um negócio da Scootaround, empresa que oferece soluções de transporte pessoal. Traduzindo: a companhia vende, aluga e faz reparo em equipamentos como scooters e cadeiras de rodas em mais de 2,5 mil locais da América do Norte e Europa. 

O serviço facilita o deslocamento de pessoas com restrição de mobilidade tanto em eventos de negócios como em viagens a lazer. A Scootaround também é contratada por companhias aéreas para reparar e fazer a manutenção de equipamentos de mobilidade de passageiros, tendo identificado um nicho que tende a crescer com o avanço das cidades inteligentes. 

A Scootaround tem um programa de fidelidade, que incentiva o uso dos serviços e tem mecanismos de recompensa de acordo com a utilização da Mobilidade Urbana como Serviço. Chamado de Engage, ele premia os membros com pontos que podem ser trocados por recompensas quando se aluga ou compra algum tipo de dispositivo. 

O resgate começa a partir dos 200 pontos atingidos, sendo que cada dólar gasto com a empresa se reverte em um ponto do programa de fidelidade, mas deve ser usado individualmente, ou seja, não vale para grupos ou organizações. Outra vantagem é que eles não expiram e podem ser utilizados de acordo com uma tabela específica.

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Parceria amplia negócios de Mobilidade Urbana como Serviço

O crescimento do MaaS também envolve parcerias estratégicas para ampliar a cobertura de serviços. Um exemplo recente envolve a fusão da própria Scootaround com a Whill, fabricante japonesa de veículos pessoais inteligentes (EVs). 

Segundo as companhias, a união permitiu a criação de uma plataforma mundial para dispositivos que ajudam na mobilidade de pessoas com restrições, o que aumentaria a liberdade e independência desse público-alvo. A iniciativa também favorece os deslocamentos em pequenas distâncias, um dos gargalos para pessoas com limitações físicas, uma vez que os EVs pessoais podem ser manobrados facilmente em ambientes internos e até em terrenos acidentados.

“Nossa parceria com a Scootaround é um grande passo para a evolução da indústria mundial de transporte de mobilidade”, disse Satoshi Sugie, fundador e CEO da Whill. Segundo ele, a combinação envolve a tecnologia da empresa com a experiência dos serviços de locação e mobilidade da Scootaround. 

Para Kerry Renaud, CEO e diretor administrativo da Scootaround, a fusão é positiva: “Juntos, estamos permitindo que alguém que necessita de uma forma de assistência de mobilidade viaje perfeitamente de sua origem ao destino final – seja no aeroporto, em seu hotel, residência, resort e assim por diante”, argumentou.

Os fatores de incentivo da Mobilidade Urbana como Serviço incluem o aumento das iniciativas inteligentes nas cidades, a crescente adoção de serviços de mobilidade sob demanda, a necessidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono e as melhorias trazidas pela infraestrutura de 4G/5G, o que inclui a maior penetração de smartphones.