Realidade virtual imobiliária cresce e abre novos caminhos para o mercado

Corretoras podem usar a realidade virtual imobiliária para se aproximar de clientes.

Por Redação em 3 de março de 2022 2 minutos de leitura

Realidade virtual

Realidade virtual ou realidade aumentada parecem temas de games ou de ficção científica. Mas a tecnologia já pode estar na ponta dos dedos do mercado imobiliário. Durante a quarentena, a realidade virtual imobiliária foi uma das respostas às restrições do momento, viabilizando a continuidade dos negócios mesmo em tempos de distanciamento social. Para se ter uma ideia, só em 2020 a demanda por tours virtuais de apartamentos aumentou 158% no Brasil.

De acordo com dados do DataZap+, 30% das pessoas que encontraram imóveis durante a pandemia, de 2020 até 2021, usaram os chamados “tours 360 graus” pelos imóveis, 15% fizeram contato com os corretores via chamadas de vídeo e 9% utilizaram a ferramenta visual para ver o imóvel mobiliado. 

Segundo o fundador da Loft, Mate Pencz, a proptech já tem transações 100% digitais de imóveis, principalmente quando se trata de compra para investimento. “A grande mudança de hábito está na forma como se busca apartamento. Agora, depois de fazer pesquisa, que já existia nos classificados online, o cliente faz um tour virtual, vê a planta e verifica a documentação online”, disse Pencz em entrevista à Folha de S.Paulo

Além da mudança de hábito, as grandes empresas de tecnologia também têm sido responsáveis pela popularização dos recursos, dando ao mercado mais opções. A Apple, por exemplo, já está criando o seu óculos e o seu sistema operacional de VR. Já o Facebook, ou melhor, Meta, lançou seu óculos de realidade virtual em parceria com a RayBan no ano passado e deve seguir com os projetos para atualizar o Oculus – nome dado ao seu dispositivo de realidade virtual. Ou seja, alternativas não vão faltar para o mercado imobiliário explorar a tecnologia a favor da melhor experiência do cliente e mais assertividade no fechamento de negócios, seguindo a tendência mundial.

Visita & mostruário

Da maneira como são feitos atualmente, os tours virtuais otimizam o tempo dos clientes e dos corretores de imóveis. Mesmo quando a visita também é feita fisicamente, ela tende a durar menos tempo, pois o cliente já está munido das principais informações que precisa. No entanto, o avanço da tecnologia 3D e dos digital twins (linkar matéria) podem levar o conceito de realidade virtual e realidade aumentada a um novo patamar no mercado imobiliário: da visita até a demonstração completa de como seria morar no imóvel.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a rede de móveis IKEA começou a usar realidade aumentada em seu aplicativo para que os usuários conseguissem visualizar o mobiliário do e-commerce em suas casas. Por aqui, algumas redes de e-commerce de móveis, como a Mobly, já oferecem parte desse serviço. Para uma corretora isso significa que vai ser possível em um futuro próximo não só recriar os espaços online, como também decorá-los ao gosto da persona que se quer atingir.  Plataformas como a norte-americana VisualStager ou como a brasileira AlhphaVirtual conseguem dar nas mãos dos clientes a capacidade de mudar um ambiente, como se o espaço fosse o imóvel atual. “Vimos no mercado de construtech a possibilidade de agregar valor às visitas remotas, aperfeiçoando cada vez mais a tecnologia a fim de conectar as pessoas aos ambientes virtuais”, disse a CEO da AlphaVirtual, Priscila Nonato, à Casa Vogue. Mais que estética, esse é um caminho importante para as imobiliárias, já que, pelo menos nos Estados Unidos, 77% dos corretores entendem que um imóvel decorado da maneira correta aumenta a chance de o comprador tomar uma decisão mais rápida com relação à propriedade.

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