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Vila modular feita de cacau – e com impressão 3D – é projetada no Equador
Cacao EcoVillage será espaço sustentável para fábrica de chocolates e para moradores da região.
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Redação em 14 de julho de 2022 2minutos de leitura
Divulgação - Valentino Gareri
Como seria uma cidade de chocolate? Longe de ter prédios comestíveis ou que derretem, uma vila toda feita do doce mais famoso do mundo, ou melhor, da matéria-prima da sobremesa, o cacau, tem tecnologia de impressão em 3D, casas modulares e sustentabilidade. É o que mostra o projeto Cacao EcoVillage, criado pelo Atelier Valentino Gareri para a cidade de Pedernales, no Equador.
A Vila utilizará o resto do cacau, usado para produzir o chocolate na região, como matéria-prima para casas, fábricas, escolas e áreas de lazer. De acordo com Valentino Gareri, em entrevista ao UOL, 80% dos frutos do cacau não são utilizados e se tornam resíduos. O que deu o “start” para que a vila fosse pensada dentro dos preceitos da economia circular.
Impressão 3D, construção modular e sustentabilidade
“Os resíduos de cacau serão reutilizados para impressão em 3D de partes da Vila”, comentou Gareri. A arquitetura do projeto é modular, ou seja, utiliza várias dimensões geométricas que podem ser construídas e reconstruídas de formas diferentes. Os espaços, como os da fábrica de chocolates, foram pensados para serem usados para outras finalidades.
A Cacao EcoVillage será autossuficiente em energia, a partir da energia solar e eólica, utilizando a ventilação natural. Além disso, vai usar água de reuso de chuvas, já que a forma dos edifícios facilita a captação de água e os tanques estão integrados nos telhados.
Todos os edifícios são feitos de materiais locais e naturais. As fachadas foram inspiradas na variedade das casas equatorianas, que são multicoloridas, e no design do fruto dos cacaueiros.
Para completar, a Vila está dotada de uma densa rede de alamedas ciclo pedestres e o uso de veículos elétricos será altamente incentivado com a presença de postos de carregamento elétrico, enquanto os trânsitos de carros e caminhões são limitados apenas na zona da fábrica e produção.
Arquitetura do futuro na “vila do cacau”
O projeto também vai trazer ferramentas tecnológicas como o IoT (Internet das Coisas) e a blockchain para que os equatorianos possam usá-las no dia a dia da vila – principalmente para ajudar a economia circular da região.
“Num futuro não tão distante a gente será capaz de criar prédios inteiramente de materiais naturais e reciclar a matéria-prima, mudando o ciclo de vida desses produtos, transformando-os em novas funções”, disse Gareri em publicação no site do Atelier. Ao UOL, o arquiteto disse que vê na profissão a responsabilidade de contribuir para melhorar o mundo, tornando-o um lugar onde “possamos viver hoje e que seja o melhor lar para as gerações de amanhã”.
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