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Detroit acha caminho para resiliência climática: becos mais verdes
Grupos de moradores se unem para plantar espaços verdes em antigos becos. A ideia é trazer resiliência contra enchentes.
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Redação em 25 de julho de 2023 2minutos de leitura
Divulgação - Canfield Consortium
Moradores de Detroit estão dando um novo propósito para os becos da cidade. Organizações comunitárias descobriram formas de “ativar” as áreas que antes eram consideradas perigosas e, muitas vezes, subutilizadas pelo serviço público.
O projeto une moradores de bairros periféricos da cidade para criar e cultivar becos “verdes”, que acabam funcionando como jardins de chuva. Organizados em fóruns online, os grupos se juntam para plantar flores, hortas e grama nos becos. Chamado Canfield Consortium, o grupo trabalha desde 2018 para plantar jardins por lugares que eram negligenciados.
Os becos escolhidos são espaços que, anteriormente, foram usados para coleta de lixo e armazenamento de veículos, mas, com o tempo, foram deixando de ser mantidos pela prefeitura. Negligenciados, os becos se tornaram lugares ligados ao crime e ao despejo ilegal de objetos, explicou o professor de sociologia da UM-Deadborn, e membro do projeto, Paul Draus, em entrevista ao SmartCity Dive.
Absorvendo chuvas e comunidades
Os recentes esforços de ativação de becos aumentam a resiliência climática local, introduzindo recursos que absorvem melhor as águas pluviais e evitam inundações, como barris de chuva, jardins de chuva e plantações intencionais, disse Draus.
Esses esforços podem transformar os becos em espaços comunitários com sombra que ajudam a compensar o efeito de ilha de calor urbano e fornecem “espaços verdes acessíveis localmente” em áreas sem parques de alta qualidade, disse ele. Os becos também podem ser transformados em locais para agricultura urbana ou compostagem.
“Construir não apenas espaços verdes, mas oportunidades para as pessoas se socializarem do lado de fora. Nosso bairro não tem espaços sociais, então, se você quiser sair, muitas pessoas vão para Belle Isle ou Chandler Park, mas queríamos ter algo na vizinhança”, disse uma das organizadoras do Consortium, Kim Theus, em entrevista à norte-americana CBS.
Aplicativo para becos
O grupo pode ter começado plantando pequenos jardins floridos, mas agora tem próximos passos: usar a tecnologia. Com suporte da Universidade de Michigan, os moradores estão desenvolvendo um aplicativo que vai agregar dados sobre os becos, permitindo que usuários cliquem e analisem se os espaços em volta de suas casas estão verde o bastante.
Outro aluno está desenvolvendo uma ferramenta de realidade virtual que permite que os residentes coloquem um fone de ouvido e óculos VR e vejam quais possíveis layouts de becos existem.
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