Os países nórdicos sempre estiveram na vanguarda de políticas sociais e agora a Dinamarca, um dos integrantes desse seleto grupo europeu, quer ser a vanguarda na luta contra as mudanças climáticas. O país já tem uma pegada de carbono pequena, mas é inovador na área ambiental, segundo a universidade norte-americana de Yale.
Os dados contam a favor da Dinamarca, que foi capaz de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa pela metade nas últimas décadas, ao mesmo tempo em que dobrou o tamanho de sua economia no mesmo período. Hoje, o país foi classificado como um dos mais felizes, saudáveis e ricos do mundo.
Para mudanças climáticas, Dinamarca quer reduzir emissões em 70% até 2030
No ano passado, a Dinamarca também se comprometeu a cortar ainda mais suas emissões, especificando a meta de 70% até 2030 (em comparação com os níveis de 1990), enquanto ainda mantém generosos benefícios sociais. “Tudo para um país com pouco menos de seis milhões de habitantes e uma pegada de carbono consideravelmente pequena”, resume o jornal da universidade de Yale.
Em uma palestra na Universidade de Yale, o ministro do clima, energia e serviços públicos Dan Jørgensen, revelou aos norte-americanos que a Dinamarca gasta tanto tempo e recursos para transformar sua economia porque quer ser pioneira e mostrar ao mundo que é possível descarbonizar, ao mesmo tempo em que enriquece e proporciona ao seu povo uma alta qualidade de vida.
Nomeado ministro em 2019, Jørgensen definiu uma agenda agressiva para lidar com as mudanças climáticas. No ano passado, a Dinamarca se comprometeu a encerrar a exploração de petróleo e gás até 2050, reinvestindo esses fundos na reciclagem de trabalhadores para empregos em tecnologias mais verdes. Mais recentemente, o país anunciou a construção de uma ilha artificial no Mar do Norte que abrigaria um enorme parque eólico, fornecendo energia e armazenamento de energia para a Dinamarca e outros países vizinhos.