O mercado de Mobilidade Urbana como Serviço (MaaS, da sigla em inglês), deve atingir US$40,1 bilhões até 2030 em nível global. A informação é do relatório Mobilidade como Serviço, publicado pela MarketsandMarkets. Em 2021, o segmento foi estimado em US$3,3 bilhões e deve apresentar um crescimento agregado anual de 32% até 2030.
Nos Estados Unidos, o MaaS é um negócio da Scootaround, empresa que oferece soluções de transporte pessoal. Traduzindo: a companhia vende, aluga e faz reparo em equipamentos como scooters e cadeiras de rodas em mais de 2,5 mil locais da América do Norte e Europa.
O serviço facilita o deslocamento de pessoas com restrição de mobilidade tanto em eventos de negócios como em viagens a lazer. A Scootaround também é contratada por companhias aéreas para reparar e fazer a manutenção de equipamentos de mobilidade de passageiros, tendo identificado um nicho que tende a crescer com o avanço das cidades inteligentes.
A Scootaround tem um programa de fidelidade, que incentiva o uso dos serviços e tem mecanismos de recompensa de acordo com a utilização da Mobilidade Urbana como Serviço. Chamado de Engage, ele premia os membros com pontos que podem ser trocados por recompensas quando se aluga ou compra algum tipo de dispositivo.
O resgate começa a partir dos 200 pontos atingidos, sendo que cada dólar gasto com a empresa se reverte em um ponto do programa de fidelidade, mas deve ser usado individualmente, ou seja, não vale para grupos ou organizações. Outra vantagem é que eles não expiram e podem ser utilizados de acordo com uma tabela específica.

Parceria amplia negócios de Mobilidade Urbana como Serviço
O crescimento do MaaS também envolve parcerias estratégicas para ampliar a cobertura de serviços. Um exemplo recente envolve a fusão da própria Scootaround com a Whill, fabricante japonesa de veículos pessoais inteligentes (EVs).
Segundo as companhias, a união permitiu a criação de uma plataforma mundial para dispositivos que ajudam na mobilidade de pessoas com restrições, o que aumentaria a liberdade e independência desse público-alvo. A iniciativa também favorece os deslocamentos em pequenas distâncias, um dos gargalos para pessoas com limitações físicas, uma vez que os EVs pessoais podem ser manobrados facilmente em ambientes internos e até em terrenos acidentados.
“Nossa parceria com a Scootaround é um grande passo para a evolução da indústria mundial de transporte de mobilidade”, disse Satoshi Sugie, fundador e CEO da Whill. Segundo ele, a combinação envolve a tecnologia da empresa com a experiência dos serviços de locação e mobilidade da Scootaround.
Para Kerry Renaud, CEO e diretor administrativo da Scootaround, a fusão é positiva: “Juntos, estamos permitindo que alguém que necessita de uma forma de assistência de mobilidade viaje perfeitamente de sua origem ao destino final – seja no aeroporto, em seu hotel, residência, resort e assim por diante”, argumentou.
Os fatores de incentivo da Mobilidade Urbana como Serviço incluem o aumento das iniciativas inteligentes nas cidades, a crescente adoção de serviços de mobilidade sob demanda, a necessidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono e as melhorias trazidas pela infraestrutura de 4G/5G, o que inclui a maior penetração de smartphones.