Aeroporto abandonado em Berlim se torna bairro carbono zero
Projeto para reutilização do espaço conta com prédios construídos em madeira e ruas sem carro, em um bairro carbono zero.
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Redação em 2 de novembro de 2022 2minutos de leitura
O espaço que antes era o aeroporto de Tegel, em Berlim, vai virar o oposto: um bairro carbono zero. Além disso, o terreno do aeroporto vai ser usado para criar um laboratório de pesquisas urbanas, chamado Berlim TXL – The Urban Tech Republic. O projeto tem chances de redesenhar um local com localização privilegiada na capital da Alemanha.
A primeira ideia é que o Schumacher, bairro residencial nascido a partir do que era o aeroporto de Tegel, seja um distrito residencial sem carros, que vai ser o lar de mais de 10 mil pessoas. O bairro também terá lojas, restaurantes, escolas e parques.
Um bairro carbono zero
Há um simbolismo em transformar um aeroporto, um dos lares dos meios de transporte que mais emitem CO2, em um bairro sustentável e que não tem emissões de gases, ou seja, carbono zero. Segundo o Tegel Projekt, o bairro será desenhado dentro do conceito das cidades de 15 minutos: um espaço pensado para se caminhar e usar bicicletas. Ônibus elétricos e trens a eletricidade também fazem parte da projeção.
Cada telhado deve ser equipado com painéis solares para eletricidade doméstica, enquanto a tecnologia de “cidade esponja”, com pavimentos permeáveis e jardins de chuva, ajudará a cidade a absorver o máximo de água possível. Quase metade do vasto terreno do aeroporto será usado como reserva natural.
Os projetistas também esperam tornar o processo de construção neutro em carbono, usando madeira local e compensando as emissões.
Tegel project e a acessibilidade
A capital alemã é, atualmente, atingida pela crise de moradia. De 2006 até 2020, os aluguéis da cidade chegaram a aumentar entre 140% e 200%. O bairro planejado pretende ser uma forma de equilibrar tal questão complicada para os moradores. “Em Berlim, como em muitas outras cidades, há escassez de moradias acessíveis”, disse o CEO da Tegel Projekt GmbH Philipp Bouteiller, em comunicado à imprensa. “Isso faz com que as pessoas com renda mais baixa sejam expulsas das cidades do interior.”
Ou seja, o bairro pode ser carbono zero, mas a iniciativa será a favor das pessoas. “Nossa visão é diferente: o Berlin TXL não deve ser apenas um lugar para uma clientela de alta renda, mas um espaço sustentável e habitável para pessoas de todas as idades e independentemente de sua renda”, acrescentou Bouteiller.
Urban Tech Republic
Já na área voltada para empresas, a estimativa é de instalar mil empresas, que podem empregar até 20 mil pessoas para realizarem pesquisa, desenvolvimento e produção na área de urbanismo.Mais da metade do espaço será deixado para a reserva natural, em um processo de “rewilding”. A construção do terreno de cinco quilômetros quadrados começará ainda este ano, com a conclusão do primeiro distrito residencial prevista para 2027.
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