Início » Impacto Positivo » Design universal: um conceito que traz acessibilidade aos espaços
Design universal: um conceito que traz acessibilidade aos espaços
O Design Universal tem o objetivo de criar espaços que possam ser utilizados por todas as pessoas, sem qualquer tipo de impedimento.
Por
Redação em 5 de abril de 2023 5minutos de leitura
Em 1980, o arquiteto estadunidense Ronald L. Mace criou o conceito do design universal, que propõe a criação de espaços e produtos que possam ser utilizados por todas as pessoas, sem a necessidade de adaptações. O objetivo principal é permitir que todos possam usar os espaços e produtos em sua máxima extensão possível, independentemente de suas características pessoais, idade ou habilidades individuais.
Ao adotar a ideia de desenho universal, arquitetos, designers e engenheiros podem criar espaços e produtos que são mais inclusivos e acessíveis para os usuários, tornando as cidades mais justas e igualitárias.
O que é o design universal?
Design universal é uma abordagem que busca criar produtos, serviços, ambientes e tecnologias que todas as pessoas consigam usufruir. O objetivo é atender às necessidades de todos os usuários, pensando cuidadosamente em todas as etapas do processo de design, desde a concepção até a produção e o uso final do espaço ou produto, considerando a ergonomia, a acessibilidade, a usabilidade e a segurança.
Entre os princípios do design universal estão a flexibilidade de uso, simplicidade e clareza, igualdade de uso e informação acessível. A adoção do conceito pode contribuir para a promoção da inclusão social, a eliminação de barreiras e a criação de produtos e serviços mais econômicos e fáceis de usar e manter.
Veja também o episódio 26 do podcast Habitability:
Conheça os 7 princípios do design universal
Ronald L. Mace, fundador do The Center for Universal Design, idealizou, juntamente com sua equipe, sete princípios que são essenciais para garantir a acessibilidade e a inclusão no design universal. Esses princípios ajudam profissionais a criar experiências de jornadas e interfaces universais, tornando o design universal algo mais palatável para o dia-a-dia.
1. Equidade
O primeiro princípio do design universal é a equidade, que tem como objetivo garantir que todas as pessoas tenham igualdade de acesso e oportunidade para utilizar os espaços.
Para alcançar esse objetivo, é preciso pensar em soluções que facilitem o acesso e a utilização do espaço por todas as pessoas, independentemente de suas habilidades.
Uma estratégia comum é a utilização de portas de correr automáticas acionadas por sensores, que permitem que pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência visual possam acessar o espaço de forma autônoma e independente. Além disso, é importante considerar outras soluções de acessibilidade, como rampas, elevadores, pisos táteis e sinalização adequada, para garantir que todas as pessoas possam utilizar o espaço de forma segura e confortável.
2. Flexibilidade
O projeto deve levar em consideração a grande diversidade de preferências e habilidades dos usuários, oferecendo-lhes a possibilidade de adaptar o espaço às suas particularidades e necessidades. A flexibilidade é fundamental para permitir que as pessoas se sintam mais à vontade e usem o espaço de maneira livre, tornando-o mais confortável e adequado para as suas demandas específicas.
3. Simplicidade
Os espaços devem ser feitos de forma a permitir que todas as pessoas compreendam como utilizar e circular por eles de forma eficiente e segura. É importante que a informação esteja clara, utilizando-se de recursos como sinalização, materiais táteis e visuais, cores contrastantes e iluminação para garantir a acessibilidade universal.
4. Informação perceptível
A percepção clara e informativa deve ser levada em conta ao projetar espaços que sejam compreensíveis e comunicativos. Os espaços devem conter sinalização clara, que guie as pessoas de modo seguro. Além disso, cores e texturas também podem tornar as informações importantes facilmente perceptíveis. Além disso, o uso de elementos sonoros e visuais pode auxiliar na comunicação de informações e contribuir para a percepção clara dos espaços.
5. Tolerância a erros
O quinto princípio do design universal é aplicado para garantir que os espaços sejam tolerantes a erros e capazes de reduzir o impacto de possíveis acidentes. Para tanto, uma das soluções é o uso de materiais e estruturas que minimizem danos e protejam as pessoas de lesões graves em caso de quedas ou colisões. Além disso, a sinalização e a marcação de emergência também são importantes para orientar as pessoas em situações de risco.
6. Baixo esforço físico
A ideia da baixa exigência física tem como objetivo tornar os espaços acessíveis para todos, independentemente das habilidades físicas de cada indivíduo. Ou seja, as edificações devem ser projetadas de maneira que permitam a circulação fácil e segura de indivíduos com mobilidade reduzida, como idosos e pessoas com deficiência física. Para alcançar esse objetivo, é importante adicionar rampas de acesso, corrimãos, elevadores e banheiros adaptados nos projetos. Além disso, é fundamental que haja espaços amplos e bem iluminados, que permitam a movimentação livre e segura das pessoas.
Por fim, o sétimo princípio tem como objetivo garantir que todos os usuários tenham acesso aos espaços públicos e equipamentos disponíveis. Desse modo, o projeto deve levar em conta o tamanho do corpo do usuário, postura e mobilidade ao determinar o espaço necessário para uso.
Por exemplo, em espaços públicos, é importante que as calçadas e rampas sejam construídas com inclinações suaves e superfícies antiderrapantes, para garantir que pessoas com mobilidade reduzida possam transitar com segurança. As portas devem ser largas o suficiente para a passagem de cadeiras de rodas e outros dispositivos de assistência.
Conceito em projetos arquitetônicos
A acessibilidade arquitetônica é importante para garantir que todos tenham condições de uso em um espaço. No entanto, o design universal vai além, apresentando uma perspectiva mais ampla na arquitetura.
O conceito traz uma abordagem de projeto que visa criar espaços e ambientes que possam ser usados por todas as pessoas. Sendo assim, desde o início dos projetos, deve-se pensar e garantir que cada usuário seja considerado em todas as etapas.
Existem várias maneiras pelas quais o design universal pode aparecer na arquitetura. Algumas das estratégias comuns incluem os pontos listados a seguir.
Acesso físico: rampas de acesso, elevadores, portas mais largas, corredores mais amplos e piso tátil para pessoas com deficiência visual.
Iluminação e contraste: a iluminação adequada pode ajudar as pessoas a distinguir elementos do ambiente, como degraus, portas e outros obstáculos.
Sinalização e orientação: sinalização clara e legível, bem como orientação espacial adequada, podem ajudar as pessoas a se movimentarem pelos espaços com segurança e confiança.
Ergonomia: os espaços devem acomodar diferentes tipos de corpos e necessidades ergonômicas, incluindo mobiliário confortável e acessível, bancadas ajustáveis, entre outros.
Tecnologia assistiva: alguns espaços podem incorporar tecnologia assistiva para auxiliar pessoas com deficiências, tais como sistemas de som ou de voz para controlar equipamentos.
Vantagens do design universal
Uma das grandes vantagens do design universal é a promoção da inclusão social. Quando os espaços são acessíveis a todas as pessoas, elas se sentem mais integradas à sociedade, melhorando sua autoestima e qualidade de vida. Além disso, o design universal ajuda a reduzir a segregação e a discriminação, já que todos têm as mesmas oportunidades de acesso aos espaços.
A economia de recursos também é um ponto importante desse conceito. Quando os espaços são projetados com base em padrões acessíveis não é necessário realizar adaptações posteriores, o que pode gerar economia de tempo e dinheiro. Além disso, os espaços acessíveis tendem a ser mais funcionais e eficientes, o que pode gerar economia de recursos a longo prazo. De modo geral, quando empregado de maneira adequada, o design universal pode agregar muito valor às estruturas dos ambientes.
O Habitability coleta dados pessoais fornecidos por você e, também, automaticamente, a partir das suas atividades de navegação.
Por padrão, as informações que você nos fornece, incluindo, eventualmente, dados que permitem a sua identificação, como acontece se você optar por receber nossa newsletter, não são conectadas às informações de navegação. Sendo assim, garantimos a você que não fazemos rastreamento individual de atividades.
Cookies estritamente necessários
Estes cookies são essenciais para que as nossas páginas funcionem adequadamente. Eles não podem ser desabilitados, pois, se forem, a disponibilização das nossas páginas ficará comprometida.
Os cookies estritamente necessários normalmente são ativados a partir de uma ação tomada pelo usuário, que equivalem a uma solicitação de serviços, como entrar em um de nossos domínios. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal identificável.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará ativar ou desativar os cookies novamente.
Cookies de terceiros
Este site usa o Google Analytics e tags de parceiros para coletar informações anônimas, como o número de visitantes do site e as páginas mais populares.
Manter esse cookie ativado nos ajuda a melhorar nosso site.
Ative primeiro os Cookies estritamente necessários para que possamos salvar suas preferências!