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Metaverso: venda de imóveis já é realidade
Coreia do Sul é exemplo com diversas plataformas atuando nesse mercado de terrenos digitais, que já movimenta milhões de dólares.
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Redação em 28 de janeiro de 2022 3minutos de leitura
Metaverso virou a palavra “do momento” em tecnologia. Em resumo, significa uma forma de unir os espaços físico e digital em um único ambiente virtualizado. E é esse ambiente que já está em pleno crescimento em países como a Coreia do Sul. Apenas no ano passado, o mercado já levantou US$9,1 milhões na plataforma Metaverse2 – um espaço digital que projeta recriar o mundo real no virtual. Embora na Coreia o movimento tenha se destacado, movimentando milhões, em outros países o metaverso também está em crescimento. Nos Estados Unidos, por exemplo, um terreno foi vendido no Decentraland por US$1 milhão em 2021.
Diferentemente das redes sociais, o metaverso precisa, necessariamente, de uma plataforma de realidade virtual, em um espaço quase que animado, onde os avatares das pessoas possam interagir. São exemplos desde o jogo Fortnite até o The Sims ou o Second Life, onde pessoas conversam entre si em um mesmo ambiente, que recria espaços que conhecemos como uma cidade ou uma casa. De olho na evolução do conceito, recentemente, até o Facebook mudou o nome da empresa para “Meta”, já visando criar o seu próprio universo.
Mas, enquanto a Meta constrói seu sistema, já existem plataformas prontas, inclusive, vendendo seus lotes virtuais, como o The Sandbox, um espaço virtual criado para os usuários criarem jogos e cidades; a Decentraland, universo digital completamente baseado em blockchain; e a Metaverse2. O Sandbox é um ambiente colaborativo de games que permite a criação de cidades fictícias (e reais) em sua plataforma digital. Já a Decentraland tem um espaço digital finito: apenas 90 mil parcelas de “terra virtual”, que eles têm conseguido vender. Metaverse2, por sua vez, tem um objetivo mais “ousado” que as demais: recriar o mundo físico no digital. Grandes cidades já existem na plataforma, como Nova Iorque, Seul ou São Paulo.
Em entrevista à Bloomberg, dois usuários sul coreanos que investem na Metaverse2 contaram as razões que os levam a comprar terras digitais em Nova Iorque e, em partes, da própria Coreia do Sul. “Quando o metaverso estiver mais desenvolvido, eu planejo abrir um espaço de venda de objetos nessas ruas que comprei”,disse Chul-kyun Kim, um dos jovens investidores. No entanto, Kim disse que, no lugar de comprar áreas apenas pensando em investir, ele acaba comprando lugares com os quais ele tem uma conexão e consegue se relacionar com a história.
Os investidores coreanos não são os únicos a buscar por um lugar digital com “histórico”. Em dezembro de 2021, um norte-americano gastou US$450 mil em uma aquisição feita via NFT (Non Fungible Tokens, ou melhor, contratos digitais em blockchain), para comprar um “terreno digital” vizinho de Snoop Dogg no Snoopverse – um metaverso criado pelo cantor no The Sandbox.
Segundo a reportagem da Bloomberg, usuários estão comprando parte de oceanos, montanhas e até desertos, de olho em como poderão explorar, digitalmente, os recursos dessas áreas no metaverso. Mas, por enquanto, não existem notícias de exploração de bens naturais no ambiente digital (por mais contraditório que isso pareça). O que se sabe é que, pela maior procura, os terrenos digitais que replicam áreas muito conhecidas no mundo real, como Times Square ou o Cristo Redentor, são mais caros do que os “terrenos normais”, seguindo a lei da oferta e demanda. No Metaverse2 o valor do “pixel quadrado” da área da estátua da Liberdade, por exemplo, já chega a US$7 mil.
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