Prédios inteligentes impulsionam as smart cities

Edificações adicionam recursos de conectividade e digitalização, além do armazenamento local de energia para suprir carros elétricos

Por Redação em 21 de outubro de 2021 2 minutos de leitura

predios inteligentes

O desenvolvimento das cidades inteligentes, conhecidas internacionalmente como smart cities, está sendo impulsionado pela construção de prédios com recursos de conectividade e de digitalização. São os chamados prédios inteligentes. Na opinião do vice-presidente da Schneider Electric, Júlio Martins, esse tipo de construção deve ter um papel fundamental no quesito sustentabilidade, uma vez que os centros urbanos respondem atualmente por 72% das emissões dos gases de efeito estufa, embora cubram somente 3% da superfície do globo.

“Os dados nos levam à conclusão que, na luta contra as mudanças climáticas, nossas maiores batalhas devem ser travadas nas cidades. O conceito de smart city tem ganhado grande destaque em diversas regiões do mundo”, argumentou o executivo no artigo publicado pelo site InfraROI. “A relação entre smart cities e smart buildings é muito mais intensa e necessária do que conhecemos popularmente”, completou.  

Edifícios inteligentes são centrados nas pessoas

De acordo com ele, os edifícios ajudam as cidades a se tornarem mais sustentáveis, resilientes, hipereficientes e centradas nas pessoas. Mas, para cumprir os papéis listados, ele destaca que as construções verticais precisam incorporar recursos de digitalização e conectividade. O processo deve envolver a conexão de partes da infraestrutura que são tradicionalmente isoladas, incluindo as instalações de ventilação e refrigeração, iluminação, sensores de ocupação de salas e distribuição de energia. 

A ativação de inteligência nos edifícios, segundo Martins, começa na fase de construção com o uso do Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem de Informações da Construção. O executivo destaca que o BIM permite criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, “oferecendo suporte ao projeto ao longo de suas fases de desenvolvimento e permitindo análise e controle mais eficientes do que os processos manuais”.   

Na avaliação dele, o futuro das cidades inteligentes envolve prédios ultraeficientes, inclusive com geração renovável e local de energia. O armazenamento de energia no próprio edifício, por sua vez, deve alimentar os carros elétricos, que começam a ganhar maior adesão nos centros urbanos, confirmando o aspecto de integração dos prédios com as cidades. “Além dos prédios inteligentes, passaremos a ver uma abordagem circular para energia e serviços públicos, soluções para eletrificação limpa, tecnologia digital inteligente e infraestrutura eficiente”, conclui Martins.