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Calor gerado pelo corpo pode ser reutilizado em sistema de aquecimento interno
Sistemas de aquecimento interno a base do calor corporal gastam menos energia e podem ser uma saída sustentável para empreendimentos.
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Redação em 21 de setembro de 2022 2minutos de leitura
Qualquer um que já ficou no meio de uma multidão sabe: a aglomeração de pessoas gera calor. Isso porque, o corpo humano em repouso emite em média 100 watts de calor. Quando está em movimento, pode chegar a 1 mil watts. Essa energia normalmente se dissipa no ar, mas alguns designers e arquitetos estão se perguntando: e se a gente a utilizasse para aquecimento interno de edificações?
A energia térmica gerada pelos humanos pode ser uma saída que leva a menos gasto de energia. Além disso, para os países do Hemisfério Norte, é uma alternativa para diminuir a dependência do gás natural. Uma família do Reino Unido, por exemplo, consome cerca de 1 mil kWh de gás por mês. Boa parte desse uso serve para manter os espaços quentes.
Exemplos práticos do aquecimento interno “corporal”
“Na Suécia, o edifício de escritórios Kungsbrohuset, localizado acima da estação central de metrô de Estocolmo, já é parcialmente aquecido pelo calor corporal dos viajantes que transitam diariamente pela estação, reduzindo suas necessidades de aquecimento em 5% a 10%. Uma bomba de calor extrai calor da estação, que é armazenado em água e usado para aquecer os escritórios acima”, explica o professor de sistemas de engenharia inteligente na Universidade Nottingham Trent, Amin Al-Habaibeh, em artigo publicado na Fast Company.
Nos Estados Unidos, um shopping em Minnesota utiliza um misto de energia solar e o calor dos quase 40 milhões de visitantes anuais para manter o aquecimento central. Em Glasgow, na Escócia, uma boate está utilizando o sistema “body heat” que capta o calor emitido pelas pessoas, armazena essa energia e a utiliza para aquecer a água do prédio.
Edifícios inteligentes
Já a Universidade de Nottingham, na qual Al-Habaibeh é professor, reequilibra o aquecimento central do prédio do auditório para absorver a energia térmica que uma audiência lotada pode emitir. “Usando esse princípio, podemos desenvolver edifícios inteligentes, que são capazes de ajustar seu aquecimento com base no número de pessoas em uma sala e no aumento esperado de temperatura resultante”, comenta o professor.
“Com o recente aumento nos preços das contas de energia e com o impulso global para atingir zero emissões líquidas de carbono, sistemas como esses podem fornecer uma maneira simples e revolucionária de reduzir o uso de combustíveis fósseis e de reduzir as contas de energia, aproveitando o calor desperdiçado que preenche os espaços públicos movimentados”, finaliza o professor.
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