Em um mundo em que a urgência ambiental muitas vezes se perde entre números e estatísticas, existem pessoas capazes de transformar dados em consciência e consciência em ação. Celi Pereira é uma delas. Embaixadora do movimento Lixo Zero, dedicou muitos anos como educadora ambiental na Prefeitura de Guarulhos, no Estado de São Paulo, e hoje integra conhecimento, ética e prática. Para ela, a sustentabilidade começa na sensibilização das pessoas e se estende à maneira como projetamos e vivemos nossas cidades.
Autora de livros paradidáticos que aproximam crianças do conceito de Lixo Zero e da Carta da Terra, palestrante internacional e TedX Speaker, ela acredita que a transformação ambiental não se dá apenas pelo entendimento racional, mas pela conexão emocional com a causa, a mesma conexão que desperta hábitos conscientes, do cuidado com os resíduos à compostagem em casa, passando por políticas públicas mais humanas e eficazes.
Nesta entrevista, Celi compartilha a sua visão sobre o futuro das cidades, que tem a educação ambiental como ferramenta de mudança cultural e a prática do Lixo Zero, mostrando que é possível transformar atitudes, espaços e, sobretudo, mentalidades, em busca de um planeta mais justo e sustentável.
Dados da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) indicam que o brasil gerou mais de 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2023 e mais de 41% disso sequer recebeu destinação ambientalmente adequada. Por que ainda tratamos a gestão de resíduos como algo secundário no planejamento urbano? O que isso revela sobre as nossas prioridades?

Celi Pereira: Minha visão sobre o tema é muito cultural. As pessoas, embora percebam que algo precisa ser feito e desejarem mudanças, geralmente não querem mudar seus próprios hábitos ou atitudes. Esse é um grande desafio. Na última vez que chequei, em São Paulo, por exemplo, onde o sistema de coleta seletiva está presente e a população tem um nível social, econômico e educacional mais elevado, a taxa de separação do lixo reciclável era surpreendentemente baixa, cerca de 1% ou 2%.
Isso mostra que, mesmo com a infraestrutura disponível, caminhões de coleta seletiva passando nas ruas e condomínios, a separação do lixo não acontece como deveria. O que realmente falta é uma educação ambiental eficaz, mas não apenas focada na conscientização baseada em dados e números. É necessário um trabalho que promova a sensibilização das pessoas, que vai além do entendimento racional.
Um exemplo prático é o hábito de fumar: todos sabem que o cigarro faz mal à saúde e vêm avisos claros nas embalagens, mas muitos continuam a fumar. Da mesma forma, a mudança de atitude em relação ao lixo só ocorre quando a pessoa se conecta emocionalmente e se sensibiliza com a causa.
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Como você definiria o processo de sensibilização das pessoas em relação ao lixo? O que significa realmente sensibilizar alguém para essa questão?
Celi Pereira: Não basta apresentar dados, como os avisos nas embalagens de cigarro. É preciso agir de uma forma que toque as pessoas, fazendo com que elas entendam que não é possível esperar resultados diferentes repetindo as mesmas atitudes. Por isso, a educação ambiental precisa ser planejada, considerando essa dimensão emocional. O problema é que, se os gestores públicos não estiverem sensibilizados, eles tendem a tomar decisões apenas racionais, do tipo “a cidade está suja? Então, é só mandar limpar”, sem um olhar mais profundo.
Quando o foco fica apenas no problema imediato, a tendência é que ele persista, gerando o efeito de “enxugar gelo”. Assim, continuamos enfrentando as mesmas questões por décadas, como é o caso do plástico. Apesar de ser um material relativamente recente na história, ele já se tornou um grande desafio ambiental. Hoje, vemos verdadeiros continentes de plástico acumulados nos oceanos, com tamanhos comparáveis à França ou a vários países da Europa, e isso tudo ocorre justamente pela falta de sensibilização e pelo vazio que ainda existe no trabalho de educação ambiental.
Qual deveria ser o ponto de partida para uma educação eficaz sobre gestão de resíduos e quais estratégias poderiam ser adotadas para começar esse processo de forma efetiva?

Celi Pereira: Não é só com as crianças que devemos investir em educação ambiental, embora muita gente acredite que esse seja o foco principal. É injusto colocar essa responsabilidade nas mãos delas, já que somos nós, adultos, que destruímos o planeta e agora esperamos que as crianças resolvam esse problema. Como diz aquela famosa frase, “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”. Então, qual exemplo estamos realmente dando para as crianças hoje?
Se tivéssemos, como política pública, uma educação ambiental que priorizasse a sensibilização, começando pelos gestores, passando pelos formuladores de políticas públicas e chegando até as crianças, poderíamos ter cidades mais bonitas, limpas, saudáveis e sustentáveis. Um exemplo disso são as crises da dengue. Trabalhei muitos anos como servidora pública em ações de busca ativa para identificar focos do mosquito e o lugar onde mais encontrávamos larvas eram tampinhas de garrafa PET, que acumulavam duas ou três larvas. Isso sem falar nos outros tipos de resíduos que ficam expostos ao ar livre, aumentando o risco para toda a população.
Segundo os dados da Abrema, apenas 8% dos resíduos secos descartados recebem destinação adequada por meio da reciclagem, e que a maior parte desse trabalho é feita por coletores informais. Além disso, apenas 0,4% dos resíduos sólidos urbanos são compostados. Quais são os principais desafios para melhorar essas estatísticas?
Celi Pereira: O maior desafio da compostagem, por exemplo, é o preconceito que as pessoas têm, acreditando que vai feder ou que a casa vai ficar cheia de insetos. Na verdade, isso não acontece, desde que o processo seja feito com método e cuidado. Existem vários tipos de compostagem. Eu, mesmo morando em um apartamento pequeno, faço compostagem desde 2016, com minha composteira ao lado da geladeira, perto do fogão e da pia. Eu utilizo o método Lages, que não depende de minhocas, o que é mais prático, principalmente porque consumo bastante frutas cítricas, que não são indicadas para compostagem com minhocas. Faço tudo em baldes grandes, de 18 litros, e acho esse método fácil e tranquilo.
Quando me perguntam o que fazer com o adubo, eu incentivo a doação para vizinhos, amigos ou plantas do condomínio, até faço pacotinhos para presentear e estimular outras pessoas a praticarem a compostagem, porque a compostagem é mágica. Muitas vezes as cascas dos alimentos têm mais nutrientes do que a polpa e descartá-las significa perder essa riqueza que poderia ser devolvida ao solo, fechando o ciclo natural da alimentação. Sem contar que as cascas podem ser alimento também e muitas pessoas não sabem disso. Por exemplo, a casca da banana pode ser feita à milanesa, ceviche ou até uma versão chamada “banana louca”, que lembra o preparo da carne louca. Por isso, acredito que campanhas educativas sobre o aproveitamento integral dos alimentos seriam fundamentais, pois ajudam a promover a soberania alimentar, um aspecto essencial para garantir o acesso a uma alimentação saudável e sustentável.
Ações simples podem criar uma corrente positiva de transformação. No entanto, na escala das políticas públicas, muitas cidades brasileiras ainda parecem pouco preparadas para mudar a forma como lidam com a gestão dos resíduos. Com sua experiência na prefeitura, como você avalia essa situação? O que falta para que as cidades compreendam a urgência e adotem medidas efetivas nessa área?

Celi Pereira: Acredito que envolve uma combinação de fatores, como interesses políticos e a falta de educação e sensibilidade por parte dos gestores que têm o poder de decisão. Muitas dessas pessoas não têm formação ou vivência suficientes para desenvolver uma visão mais ampla sobre o tema e ainda enfrentam a pressão política que envolve suas decisões. Um exemplo claro é a questão da taxa do lixo em São Paulo, que gerou resistência por parte da população.
Em contrapartida, países como a Itália já avançaram bastante nessa área, especialmente no norte, onde existem mais de 80 cidades que adotam o conceito de “lixo zero”. Lá, o sistema não funciona por meio da cobrança de uma taxa fixa, mas sim por um modelo de tarifa variável, no qual você paga conforme o quanto consome, similar ao que acontece com a nossa água e luz.
Eu defendo esse modelo, conhecido mundialmente como “pay as you throw” (pague pelo que descarta), que incentiva a redução da geração de resíduos. Para implementar esse sistema, no entanto, é necessário realizar ajustes na infraestrutura, como pude observar em feiras especializadas, como a EcoMondo, na Itália, onde diversos modelos já funcionam com sucesso.
Você poderia compartilhar algum exemplo desses modelos? Como eles poderiam servir de inspiração?
Celi Pereira: Um dos modelos que mais me chamou a atenção é o sistema de coleta em que o coletor utiliza um tipo de relógio inteligente. Nesse modelo, cada residência recebe sacos de lixo com um chip vinculado, que é lido automaticamente quando o coletor passa para recolher o material. O caminhão possui uma balança embarcada que pesa o lixo na hora e registra a quantidade gerada pela residência, gerando um tíquete que funciona como uma medição semelhante à conta de água ou de luz.
Mas eu quero esclarecer a diferença entre lixo e resíduo para alinharmos os conceitos. Resíduo é tudo aquilo que tem valor e pode ser reaproveitado, como materiais recicláveis, eletroeletrônicos, resíduos de construção civil, pneus e resíduos orgânicos que podem virar adubo, inclusive para venda. Já o rejeito, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é o que não tem solução, ou seja, não pode ser reciclado ou compostado, e é esse material que deve ir para o aterro sanitário. Curiosamente, a palavra “lixo” nem sequer aparece na Política Nacional de Resíduos Sólidos, reforçando a necessidade de uma compreensão mais precisa sobre o tema.
De fato, considerando que “resíduo” e “rejeito” têm definições específicas, como você explicaria o que exatamente chamamos de “lixo” no uso cotidiano?

Celi Pereira: Lixo é o que mais produzimos quando colocamos todos os resíduos, recicláveis, orgânicos e rejeitos, misturados em um único saco. Isso inviabiliza a reciclagem e a compostagem, transformando tudo em lixo. No modelo italiano, ao contrário, todo resíduo é cuidadosamente segregado. Eles adotam uma coleta diferenciada, com dias específicos para plástico, papel, vidro e resíduos orgânicos. Pensando em política pública ampla, vou dar um exemplo: aqui na minha rua o caminhão do lixo passa três vezes por semana e, além disso, uma vez por semana é feita a coleta seletiva, totalizando quatro passagens. Na Itália, o caminhão também passa quatro vezes por semana, mas cada dia é dedicado a um tipo diferente de resíduo. Será que não daria para fazer aqui?
Esse sistema agrega valor, gera emprego e renda para muitas pessoas e, mais importante, reduz a extração de matéria-prima virgem da natureza, permitindo o tempo necessário para a regeneração ambiental. Por tudo isso, o modelo italiano é uma referência valiosa que poderia inspirar políticas públicas mais eficazes no Brasil.
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Você, que trabalhou muitos anos na prefeitura, certamente presenciou diversos desafios e tensões nesse campo. Quais foram os principais obstáculos e avanços?
Celi Pereira: Durante os oito anos em que trabalhei na Prefeitura de Guarulhos/SP, especialmente nas duas últimas gestões, vivi um período muito significativo. A cidade foi a primeira no Brasil a instituir uma política pública de lixo zero, conquistando prêmios e reconhecimento, já que em outras localidades esse movimento era liderado principalmente pela sociedade civil. Em Guarulhos, criamos um departamento técnico exclusivo para educação ambiental e gestão sustentável de resíduos, que eu tive a honra de chefiar. Por oito anos, mantivemos o programa Lixo Zero Guarulhos, alinhado ao calendário pedagógico do Instituto Lixo Zero Brasil. Hoje, atuo como coordenadora de articulação internacional do movimento lixo zero nos países de língua portuguesa, buscando ampliar essa política pública.
No início, a ideia de compostagem na cidade parecia quase utópica para muitos. Começamos com pequenas ações dentro do próprio local de trabalho, incentivando os servidores a trazerem resíduos orgânicos de casa e do ambiente de trabalho. Até que, em janeiro de 2022, o primeiro pátio de compostagem da cidade foi oficialmente entregue ao departamento de Educação Ambiental, demonstrando a sensibilização da gestão pública para essa causa. Atualmente, já existem vários pátios em fase de licenciamento, com estrutura organizada para compostagem, ainda que a troca de governo tenha interrompido o programa, por ele ser visto como algo da administração anterior.
Mas isso não desanima, pois agora estou na sociedade civil, sem chefe, e determinada a continuar o trabalho. Felizmente, contamos com leis de incentivo, editais e fundos que permitem avançar nessa causa, mesmo sem o apoio direto do Executivo. A ideia é criar políticas públicas pela sociedade civil, que também têm grande impacto, mostrando que é possível fazer a diferença no território mesmo fora da esfera governamental.
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Você mencionou o Instituto Lixo Zero, do qual é embaixadora. É uma organização que atua em diversas regiões, incluindo comunidades periféricas. Como o conceito de lixo zero se adapta e se transforma para ser efetivo nessas realidades complexas?
Celi Pereira: Muitas vezes, é justamente nas comunidades mais vulneráveis que o trabalho é mais fácil, porque ali o resíduo representa recurso e renda. As pessoas vendem os materiais recicláveis para comprar o básico. Muitas também aprendem a compostar durante oficinas para cultivar sua própria hortinha e reduzir gastos com alimentos. Então, a maior resistência nem sempre está nessas classes.
Por outro lado, já encontrei engenheiros que se recusavam a separar resíduos, achando um absurdo usar três baldinhos diferentes, mesmo tendo conhecimento técnico. Isso mostra a falta de sensibilização. Em áreas mais privilegiadas, o lixo recolhido pela coleta seletiva muitas vezes é maior do que o que de fato é separado para reciclagem, e resíduos sujos ainda, cheios de restos de comida, são enviados para a coleta seletiva, o que dificulta todo o processo. Falta empatia e cuidado. É importante lembrar a frase “Ame o próximo como a ti mesmo”, afinal, quem vai mexer no seu lixo merece respeito, e a separação correta, com limpeza, é questão também de higiene pessoal.
Como educadora ambiental, que busca sensibilizar as pessoas, o que você diria para esses profissionais, como os engenheiros, que são responsáveis por construir a cidade? De que forma eles podem colaborar para incorporar práticas sustentáveis desde a concepção até a execução das obras, garantindo uma infraestrutura urbana mais responsável e eficiente?
Celi Pereira: A base para avançarmos nessa questão está já na formação acadêmica dos profissionais. Desde a faculdade, seria fundamental incluir a sustentabilidade como tema central, pois muitos condomínios hoje não têm espaço adequado para a separação correta dos resíduos. Muitas vezes, tudo fica junto e misturado ou simplesmente não há local para segregar os materiais. No conceito de lixo zero, por exemplo, não se trabalha com lixeiras tradicionais, que estimulam o descarte misturado, mas com o conceito de “residuário”. Existem diversos modelos de móveis planejados que organizam e incentivam a separação correta, com espaços específicos para latinhas, vidros, papéis e outros, tudo limpo e arrumado, eliminando aquela imagem antiga de lixo fedido e cheio de pragas.
Se arquitetos e engenheiros adotassem essa visão desde o início do projeto, já incluiriam espaços para compostagem durante a obra, hortas e até pomares, criando ambientes que promovem a sustentabilidade e trazem benefícios concretos. Imagine chegar ao final da construção e encontrar uma horta ou um pomar já estabelecido! Isso valorizaria muito o imóvel, atraindo compradores com consciência ambiental. Em Guarulhos, temos uma parceria com a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da cidade, que tem se dedicado a mostrar que essa transformação é possível e necessária.
Quais estratégias têm se mostrado mais eficazes para engajar populações urbanas na adoção de práticas regenerativas e, dessa forma, avançarmos efetivamente rumo a esse objetivo?

Celi Pereira: É importante lembrarmos que as pessoas recebem e processam informações principalmente por três canais: auditivo, visual e sinestésico. Por isso, em educação ambiental, é fundamental diversificar as estratégias para alcançar todos os perfis. Por exemplo, alguém pode entrar no elevador e até ver um cartaz, mas nem perceber a mensagem porque seu canal principal de aprendizado não é o visual. Enquanto algumas pessoas aprendem melhor por meio da experiência direta, precisam “tocar para entender”, outras assimilam mais pelo ouvido ou pela visão. O ideal é combinar essas abordagens para potencializar o impacto.
Além disso, a sensibilização profunda pode acontecer mesmo no canal visual, quando a mensagem realmente toca o coração. A educação ambiental não pode ser um evento isolado, mas um processo contínuo, uma construção gradual. Por isso escrevi não apenas um livro, mas uma coleção, explorando cada etapa do conhecimento para fortalecer a base.
Hoje, com o avanço da educomunicação, as pessoas engajadas produzem conteúdos baseados em suas próprias experiências, o que tem muito mais peso e alcança as pessoas de forma mais verdadeira do que simples teorias. A educação ambiental estruturada precisa ter começo, meio e continuidade, porque todos os dias aprendemos e ensinamos alguém.
Considerando a perspectiva do lixo zero, quais mudanças estruturais você acredita serem essenciais para que o futuro das cidades lixo zero se torne uma realidade?
Celi Pereira: O lixo zero é, na verdade, a base da economia circular, que, junto com a economia regenerativa, vem ganhando cada vez mais espaço no mundo. Quem tem uma visão de futuro sabe que os recursos naturais são finitos e que, se não mudarmos nossa forma de agir, chegaremos a um ponto sem retorno. Pensar no futuro dos negócios passa por entender que eles simplesmente não existirão se o planeta se esgotar. Por isso, o lixo zero tem metas claras, começando pela ética, um tema crucial diante da ganância, egoísmo e ambição que agravam os problemas ambientais atuais. Nesse sentido, trabalho também com a Carta da Terra, um guia ético que complementa o movimento lixo zero.
O que contempla esse movimento?
Celi Pereira: Além do aspecto ético, o lixo zero é uma meta econômica importante, pois gera trabalho e renda para uma cadeia diversa de profissionais, de catadores e compostores a engenheiros e motoristas, envolvidos na revitalização dos materiais. É uma meta visionária que propõe uma nova cultura, baseada no cuidado com o próximo e com o meio ambiente, e uma meta prática que prevê o desvio de até 90% dos resíduos enviados para aterros. Embora pareça ambicioso, exemplos reais mostram que é possível. Na CasaCor 2023, por exemplo, alcançaram 99,2% de desvio de aterro, e em 2024 bateram recorde com 99,8%. Isso demonstra que, com a segregação correta desde o início da obra, é possível reduzir drasticamente os resíduos enviados para aterros.
Por fim, essa transformação depende da governança, pois quem está na linha de frente das decisões precisa estar sensibilizado para agir com consciências ambiental e social. Só assim será possível garantir que as ações caminhem efetivamente para um futuro sustentável, com decisões tomadas com responsabilidade e compromisso real com o planeta.