Chief Resilience Office: o cargo do futuro para a resiliência nas cidades

Função voltada para a resiliência nas cidades já existe em Paris, Nova Iorque e Medellín. Atuação está pautada pelas mudanças climáticas.

Por Redação em 29 de abril de 2022 2 minutos de leitura

resiliência nas cidades

Com eventos climáticos extremos cada vez mais recorrentes nas cidades, estados e municípios ao redor do mundo, surge um novo cargo voltado especialmente para a resiliência nas cidades: o Chief Resilience Officer (CRO), ou seja, o diretor de Resiliência.

Com a função de ajudar as comunidades a se comunicarem, se prepararem e se adaptarem a desastres naturais ou condições climáticas extremas, os CROs já estão presentes na gestão pública de cidades em todos os continentes. Grandes municípios, como Paris, Nova Iorque, Medellín e Cidade do México já têm um profissional voltado unicamente para repensar como as cidades podem responder de forma transversal e única às adversidades causadas pelo efeito das mudanças climáticas.

Inicialmente, a posição era predominantemente um papel financiado por Organizações Não-Governamentais (ONGs) ou filantrópicas, no entanto, ao longo do tempo as cidades começaram a construir escritórios completos de resiliência.

Importância do CRO para a resiliência nas cidades

Um dos aspectos mais importantes da criação de uma função de resiliência separada de secretarias de habitação ou de mobilidade já existentes é que a sua natureza é transversal e intencionalmente central. Ou seja, o CRO e a sua pasta conseguem agir em todas as áreas em que os eventos extremos podem impactar, como o abastecimento de água, alimentos e energia. A ideia é garantir que os riscos em cascata de um setor não interrompam vários outros.

Receita para um bom CRO

Independentemente da formação, o CRO precisa ser capaz de antecipar as ameaças, resistir ao choque inicial, identificar as ações necessárias para adaptar e restaurar operações e ter a capacidade de moldar a dinâmica da cidade de maneira rápida.  Em resumo: ter pensamento amplo, ser capaz de coordenar atividades horizontalmente em toda a cidade e fazer planejamentos antecipados para eventos que podem nunca ocorrer, isto é, ser o protagonista da resiliência nas cidades.

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