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Cidades se adaptam para os “smombies”, pedestres distraídos pelo smartphone
Cidades se adaptam ao uso dos smartphones no dia a dia, trazendo alterações para calçadas e ruas.
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Redação em 14 de junho de 2023 2minutos de leitura
O uso de smartphones por pedestres e motoristas está forçando as cidades a criarem adaptações na mobilidade urbana. O foco dessas transformações é manter a segurança de todos no ambiente público, enquanto analisa os perigos que a utilização excessiva de celular pode trazer para todos.
As telas distraem as pessoas, mas, quando elas estão na rua, isso traz riscos para a mobilidade urbana. Nos Estados Unidos, os acidentes por distração cresceram 8 vezes nos últimos seis anos, 45% dos pedestres que sofreram tais danos se diziam distraídos pelos celulares ao cruzar a rua.
Não é só o ato de atender o telefone, mas mandar mensagens de texto ou utilizar aplicativos enquanto se anda na rua. De acordo com um compilado de oito estudos observacionais, aqueles que caminham nas calçadas enquanto usam o smartphone têm taxas mais baixas de olhar para esquerda e para a direita, antes ou depois do cruzamento da via.
Cidade baniu smartphones – nas ruas
Pelo mundo, as cidades estão tomando precauções para evitar o aumento de acidentes de pedestres usuários de smartphones. Na cidade de Yamato, no Japão, a decisão foi mais radical: vetar o uso dos celulares ao caminhar. Depois de realizar estudos com a população, o município japonês descobriu que 12% dos pedestres desfrutavam a cidade plugados em telas.
A lei, aprovada em 2020, foi aprovada para estimular que os cidadãos japoneses percebam os comportamentos de “zumbis de smartphone” (ou smombies), ou seja, quando a pessoa está tão absorta no celular que simplesmente deixa de observar o espaço ao seu redor.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a busca foi em disciplinar as pessoas mexendo no bolso. No Havaí já existem multas de até US$ 100 para quem manda mensagens de texto ou digita no celular enquanto anda nas calçadas. Em Nova Iorque, senadores norte-americanos consideram criar uma multa para os “snombies”.
Uma segunda via para pedestre com smartphone
Nem todas as cidades são tão punitivas quanto nos Estados Unidos ou no Japão. Na Coreia do Sul, Seul instalou luzes nas calçadas para alertar sobre o semáforo, captando, assim, a atenção daqueles que olham para o smartphone. Ainda na Coreia do Sul, a cidade de Ilsan colocou lasers e luzes piscantes nos cruzamentos, forçando as pessoas a olharem para a rua. Um modelo parecido está sendo testado no Brasil, em cidades paranaenses.
Na Alemanha, as cidades de Colônia e de Augsburg colocaram os aparelhos de semáforos também no chão, para os pedestres distraídos. Já existem, também, aplicativos que conseguem fazer o celular vibrar, avisando sobre perigos na rua.
Um município chinês, no entanto, foi além: criou uma “faixa” para aqueles que não conseguem desgrudar de seus smartphones. Na cidade de Chongqink, uma “cellphone lane” , uma faixa de 30 metros nas calçadas foi separada para quem usa celular. Criada em 2014, a faixa servia como um aviso para os distraídos, mas acabou sendo utilizada a sério pelos chineses.
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