A MRV foi listada pela revista Consumidor Moderno como uma das empresas que adotam drones de forma inovadora. De acordo com a publicação, a construtora “vem usando os drones nos últimos anos para supervisionar as obras, checando a alocação de estacas, muros de arrimo, localização do terreno e posição de blocos, além de planejamento de logística de canteiro”. O que a publicação não conta é que a tecnologia é ainda mais multiuso na companhia, que foi a primeira construtora do país a solicitar licença do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para a utilização de drones.
Na fase de construção, os drones fazem parte de um pacote, junto com softwares e aplicativos, adotados pela empresa para a gestão da prevenção de riscos. Em 2019, por exemplo, os equipamentos já estavam sendo usados em testes que avaliam os riscos, organização, implantação e otimização dos espaços nos canteiros. A utilização, porém, é ainda mais ampla nos empreendimentos nos já prontos. A construtora tem um site próprio para que os potenciais clientes façam uma viagem guiada a partir de imagens dos drones. Basta entrar e escolher o estado e a cidade.
A MRV avalia ainda que o uso futuro dos drones envolve o gerenciamento de áreas e o desenvolvimento de estudos para implementação de empreendimentos.
Pelos dados da Consumidor Moderno, a empresa não está errada. A revista aponta para cerca de 79 mil drones cadastrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em dezembro de 2020, dos quais 31.270 eram de uso profissional. Em janeiro do mesmo ano havia o registro de 25.552 unidades, demonstrando um crescimento de cerca de 25% na classificação profissional em apenas um ano.
Fora do Brasil, os drones já vem sendo usados para melhorar a segurança em várias frentes da construção civil, como destaca o site norte-americano For Construction Pros, em agosto deste ano. Segundo a publicação, construtoras avançadas têm usado os drones no esforço de inspeção de estradas, pontes e outras obras de infraestrutura.
“Os drones coletam dados em tempo real sobrevoando o local de trabalho, permitindo que os gerentes vejam o que está acontecendo, acompanhem o andamento do projeto e ajudem a descobrir problemas iniciais”, diz a reportagem. “Normalmente, os empreiteiros conduzem drones em vários locais e várias vezes por semana, processando milhares de imagens e encontrando novos casos de uso e fluxos de trabalho”, completa a matéria.