Os 5 prédios mais incomuns de 2022

Construídos em formas pouco usuais, os estádios, lojas e até mesmo casas, chamam atenção pela ligação com a natureza e com o viés sustentável

Por Redação em 2 de fevereiro de 2023 4 minutos de leitura

predios incomuns

O ano passado superou as expectativas sobre as formas e funções dos edifícios. 2022 foi o ano da arquitetura inspirada pela natureza. E estes são os cinco prédios mais incomuns, construídos de maneiras criativas e empolgantes, no ano que passou.

A inspiração e parte da pesquisa para esta lista vem da Fast Company.

Conheça os 5 prédios mais extraordinários de 2022

1. Estádio em Quzhou na China

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Imagem: CreatAR Images, ©MAD Architects

Quzhou é uma cidade histórica a 400 quilômetros a sudoeste de Xangai e cercada por densas florestas a leste e a oeste. Seu perfil cheio de curvas reflete o cume da montanha na visão distante do local, enquanto sua paisagem evoca planetas imaginados por autores visionários de ficção científica. O estádio de Quzhou, feito pela MAD Architects e com construção liderada por Ma Yasong, saiu do padrão de estádios quando incorporou o meio ambiente, os montes e as terras no design da edificação. 

O estádio, portanto, se une sem limites entre suas camadas construídas e a paisagem natural circundante, semelhante a um vulcão. A topografia ondulante também informa a forma orgânica da arquitetura chinesa, aparecendo como um “halo pairando suavemente sobre a paisagem”, quando visto de longe.

2. Um museu triangular em Denver, o Meow Wulf

Quando falamos de aproveitamento de espaço urbano como uma forma de se atingir a cidade sustentável, o museu Meow Wulf, em Denver, trouxe um prédio que servirá de exemplo. O espaço de arte experimental em Denver abriu um prédio triangular de mais de cinco andares.

Até aí, nada de “incomum”.  Mas, o extraordinário do museu é o fato de ele ter sido construído entre dois viadutos de autoestradas. Num lugar que estaria vazio, o design permitiu que eles trouxessem arte para as cidades espalhadas e carrocêntricas norte-americanas.

 3. O arranha-céu “reciclado” em Sydney

O que fazer com um arranha-céu que já estava chegando no fim da sua vida útil? Era o que se perguntavam os australianos sobre a Quay Quarter Tower, um projeto de 1976, com mais de 200 metros e 49 andares. No lugar de demoli-lo, a equipe de arquitetos da 3XN resolveu reciclar. Ou melhor, fazer uma reutilização adaptativa na arquitetura.

O redesenho reutiliza a maior parte da estrutura e todo o núcleo, enquanto atualiza a fachada e o interior. Agora, é um dos edifícios mais procurados da cidade. Segundo a 3XN, eles mantiveram 65% da estrutura original e 95% do núcleo original, resultando em uma economia de carbono de 12 mil toneladas. 

4. Um edifício móvel e dobrável em Londres

Imagem: Mike Massaro

Com uma estrutura de madeira simples, este edifício de incubadora de negócios projetado pelo escritório de arquitetura britânico IF_DO se encaixa usando conectores de aço. Crucialmente, ele pode ser facilmente desmontado. Embora o edifício tenha sido projetado para durar 50 anos, ele só pode usar seu local atual por 11. Quando o tempo acabar, o prédio será desmontado, movido de lugar e reconstruído.

A ideia é que o edifício econômico se pague durante sua estada em Rotherhithe, distrito no suldoeste de Londres. Enquanto isso, o Space ficará com um ativo valioso, que poderá ser redistribuído em outro lugar ou vendido, como um todo ou em partes que podem ser recompostas em diferentes maneiras.

5. Uma pista de skate vertical na Inglaterra 

Era somente um prédio público que estava prestes a se tornar mais um estacionamento na cidade inglesa de Folkstone no litoral sudeste do país. O projeto foi revisado de última hora e, no lugar de abrigar carros, foi transformado no primeiro skatepark de três andares do mundo. Cada nível oferece um tipo diferente de experiência de patinação, e todo o espaço faz parte de um esforço de revitalização da comunidade, financiado por um filantropo local.

O Hollaway Studio projetou o primeiro skatepark de vários andares do mundo como parte de um grande programa em andamento para regenerar a cidade litorânea. A ideia era trazer atração aos jovens da cidade e, ainda, servir como atração turística. Afinal, sustentabilidade também é cuidar das pessoas.