Dois tópicos essenciais para fortalecer o “S” do ESG, diversidade e a inclusão são o centro de um novo pacto entre empresas, que chega ao Brasil para criar um protocolo de ESG de Equidade Racial no País. Com mais de 30 signatários, o pacto tem o objetivo de ser um protocolo único de ESG racial para medir e combater o racismo e a desigualdade racial dentro das empresas. “Só vamos conseguir resolver o problema de racismo no Brasil se tivermos o apoio dos investidores, dos acionistas, das empresas e do terceiro setor. Não se resolve a pauta racial em um País como o nosso isoladamente”, disse o diretor-executivo do Pacto e executivo do JP Morgan Gilberto Costa, ao site do IC.
Índice ESG de Equidade Racial
Uma das ações do Pacto é criar o Índice ESG de Equidade Racial (IEER), uma métrica que mede o desequilíbrio racial da empresa. Com o IEER, todas as companhias podem utilizar os mesmos dados para compreender como anda o seu setor e outros. Dessa forma, as companhias podem fazer ações mais focadas para atuar e evoluir os índices.
“O Índice mede a equidade racial daquela empresa, considerando a região em que ela atua. Ou seja, ele mede a quantidade de pessoas negras naquela região, faz uma ponderação de nível de cargo e salário e compara com as pessoas negras daquela empresa”, afirmou Costa.
O recorde das demografias e das regiões são importantes para o índice, já que pintam uma realidade mais objetiva para as empresas lidarem com a diversidade. Costa lembra que, enquanto em algumas regiões 56% da população são pretos e pardos, em outras, essa proporção é de 25%.
O IEER tem três níveis: o N1 é se a empresa que tem equidade racial, o N2 considera que é necessário ações afirmativas, que contemplem o recrutamento, a permanência e a promoção de profissionais negros. Já o N3 considera também a necessidade de investimentos sociais voltados ao tema, bem como investir e fomentar a criação de novas organizações com lideranças negras.