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Reciclagem de prédios e cidades: um caminho para a descarbonização
Iniciativas pelo mundo se tornam aliadas para um futuro com menos emissão de GEE a partir da reciclagem na construção civil
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Redação em 18 de maio de 2023 3minutos de leitura
A reciclagem de prédios e cidades pode se tornar uma estratégia eficaz para reduzir o impacto ambiental da construção civil. Segundo a Architecture 2030, organização cujo objetivo é promover a sustentabilidade no setor, o ambiente construído gera cerca de 40% das emissões de dióxido de carbono (CO2). E pior: essa proporção deve dobrar de tamanho até 2060. Isso porque, três materiais usados nas construções – em sua maioria, concreto, aço e alumínio – são responsáveis por 23% do total das emissões globais.
Superar o desafio de zerar tais emissões requer, portanto, esforços em diferentes frentes. Uma delas é uma espécie de reciclagem dupla dos prédios – por meio de projetos de retrofit e priorização do uso de materiais reciclados ou de baixo a zero carbono.
Em Amsterdã, na Holanda, um edifício foi construído a partir do conceito de economia circular e sustentabilidade, utilizando materiais reciclados, como concreto e aço, provenientes de outros prédios que foram demolidos ou que passaram por reformas. A estrutura do Circl, como foi batizado, foi projetada de maneira que permite a desmontagem e reutilização dos materiais no futuro.
O prédio também possui outras características sustentáveis, como a captação de água da chuva e a utilização de sistemas de energia renovável, como painéis solares. Além disso, o edifício é altamente eficiente em termos de energia, graças à utilização de sistemas de iluminação e ventilação controlados por sensores.
O Bullitt Center, que fica em Seattle – a maior cidade do estado de Washington, nos Estados Unidos – é considerado o prédio mais ecológico do mundo. Além de possuir painéis solares, banheiros de compostagem e sistema de reutilização de água, foi construído a partir de madeira certificada com o selo internacional Forest Stewardship Council (FSC) (em português, Conselho de Manejo Florestal).
Já o edifício Pixel, em Melbourne, na Austrália, foi erguido a partir de contêineres reciclados. Além disso, o prédio possui um sistema de captação de água da chuva, telhado verde, iluminação natural e uso de energia renovável, com a presença de painéis solares e turbinas eólicas de eixo vertical. E não para por aí: com um sistema de vácuo para os vasos sanitários, ele dispensa o uso de água na hora de dar descarga.
Veja também o episódio 29 do podcast Habitability:
“Reciclagem” das cidades também é possível
Inspirado em áreas centrais desenvolvidas pelo mundo, como Londres e Medellín, o Distrito de Baixa Emissão é um projeto que tem como objetivo reduzir a emissão de gases de efeito estufa no centro da cidade do Rio de Janeiro. Entre as iniciativas do programa estão projetos de retrofit de empreendimentos inutilizados a fim de torná-los residenciais, contribuindo para a (re)população da região e uma mobilidade mais limpa e inclusiva, reforçada com a ampliação da malha cicloviária e o uso de transportes sem emissão de carbono. O projeto está alinhado com o Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática da Cidade do Rio de Janeiro (PSD) e integra o Programa Reviver Centro. A ideia é ter uma cidade mais moderna e preparada para a liderança no enfrentamento às desigualdades, à mudança climática e outros desafios que envolvem questões de sustentabilidade.
No mundo, Londres é um exemplo quando o assunto é mobilidade urbana. A cidade possui um sistema de transporte público extenso e eficiente, como o metrô, com mais de 400 quilômetros de extensão. Além disso, a capital do Reino Unido estabeleceu metas ambiciosas para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 80% até 2050. Já Medellín, na Colômbia, tem trabalhado na revitalização de áreas urbanas degradadas, no incentivo à mobilidade sustentável e na implementação de tecnologias verdes, como sistemas de coleta seletiva de lixo e plantação de árvores.
Em Melbourne, na Austrália, projetos foram implementados para a cidade se tornar mais resiliente às condições climáticas extremas, como ondas de calor e baixas recordes de chuvas. O município, que concentra área urbana mais populosa da Austrália, adotou medidas como a instalação de sistemas de resfriamento em edifícios públicos, parques urbanos e ruas, além de incentivar a construção de prédios com telhados e paredes verdes, como o parque ribeirinho Birrarung Marr.
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