Iluminação do ponto turístico mais visitado do mundo passará a ser desligada antes da meia-noite para economizar energia.
Na tentativa de economizar energia devido ao aumento dos custos de eletricidade e contribuir para a gestão energética de Paris, na França, as luzes da Torre Eiffel serão desligadas mais cedo neste mês outono no Hemisfério Norte, às 23h45, em vez do horário habitual, à 1h da manhã.
A medida visa alcançar a meta do plano da cidade de economizar até 10% de energia elétrica. Além do monumento mundialmente conhecido, prédios municipais, como o da prefeitura, também passarão a desligar as luzes mais cedo, a partir das 22h. Além disso, os prédios administrados pela municipalidade irão diminuir a temperatura ambiente de forma gradual e o início do aquecimento para enfrentar o período de inverno será postergado por um mês.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, os prédios são responsáveis por cerca de 40% do consumo de energia em âmbito mundial e por um terço das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), com destaque para os sistemas de iluminação, aquecimento e resfriamento.
Em relação à Torre, as luzes noturnas expressam 4% do total de energia consumida ao ano, segundo dados da entidade que administra o local, a Societe d’Exploitation de la Tour Eiffel. Com o intuito de aumentar a eficiência energética, houve a instalação de lâmpadas de LED.
Vale ressaltar que a Rússia forneceu 40% do gás consumido na Europa no ano passado, mas em razão da guerra com a Ucrânia, o país cortou o fornecimento do recurso. Por isso, diversos países europeus passaram a adotar medidas a fim de reduzir o consumo de energia visando o inverno, quando a necessidade de calefação impulsiona o gasto energético nos países.
A União Europeia anunciou algumas ações com o objetivo de levantar mais de € 140 bilhões junto às empresas de energia para proteger os consumidores do aumento dos preços devido à crise causada pela guerra. Além disso, está incentivando os países-membros a diminuir a demanda de eletricidade em pelo menos 10% até o fim do inverno no hemisfério Norte, ou seja, março de 2023.
Indo de encontro a essas questões, o presidente da França Emmanuel Macron já havia anunciado em julho o plano nacional para a redução do consumo de energia do país, que ganhou o nome de “plano de sobriedade”.
Por razões de segurança, as luzes das ruas permanecerão acesas em Paris, bem como as das pontes sobre o rio Sena, de acordo com a prefeita da capital Anne Hidalgo.
Em paralelo às medidas da França, outros países europeus estão apresentando planos para economizar energia. Os monumentos na Alemanha também estão apagando as luzes mais cedo. Já na Holanda, o governo pediu para que os cidadãos tomassem banhos mais curtos, enquanto na Espanha houve anúncio de limitação do uso de ar-condicionado.
