Início » Impacto Positivo » Arquitetura inclusiva: cidade pensada para pessoas neurodiversas
Arquitetura inclusiva: cidade pensada para pessoas neurodiversas
Norte-americana é expoente na arquitetura inclusiva com espaços públicos voltados para estimular a todos na cidade
Por
Redação em 3 de janeiro de 2023 3minutos de leitura
A cidade pode ser um ambiente hostil, principalmente para pessoas neurodiversas. A arquitetura inclusiva é uma forma de tornar o espaço mais acolhedor para todos, colocando em foco aquelas pessoas que podem ter necessidades diferentes dos lugares. E isso pode significar um local mais bonito, como mostra a praça Josie Robertson, em Nova York.
O local recebeu a intervenção da arquiteta Byrony Roberts, que colocou um grupo de mobiliários públicos com tecidos e almofadas macias. Pufes gigantes foram espalhadas em volta da fonte no meio da praça. A organização das almofadas cria uma série de condições sociais e sensoriais, com áreas concentradas para brincar e socializar, além de outras mais privadas para momentos silenciosos.
A praça faz parte do projeto encabeçado pelo WIP Collective, um coletivo de designers feministas norte-americanas que projetam o que chamam de “cidade restaurativa”. Para criar os mobiliários, Roberts entrou em contato com terapeutas ocupacionais e organizações que cuidam de pessoas no espectro autista.
Cidade neurodiversa
Além desta praça, Roberts faz parte do movimento “cidade neurodiversa”, que defende a proliferação de espaços públicos voltados para cidadãos que estejam dentro do espectro autista ou que tenham algum tipo de transtorno de atenção, como TDAH. Em entrevista à Fast Company, a arquiteta explicou que texturas e padrões visuais podem ajudar a acalmar pessoas com algum tipo de transtorno de desenvolvimento. No entanto, o excesso de estímulos pode estressar.
“Por isso é importante criar e oferecer escolhas. Muitas não se sentem à vontade nos espaços públicos comuns e precisam de uma gama maior de opções”, disse Roberts. A arquitetura inclusiva nada mais é do que uma mistura de métodos construtivos com design, arte, herança cultural e engajamento comunitário. A ideia é construir espaços que respondam a situações sociais complexas. Como a neuroarquitetura, a modalidade é uma conexão entre a construção e o cérebro humano.
Acolhimento na cidade
Fotos: Byrony Roberts
Na Hudson Square, em Nova York, a ideia foi criar um lugar colorido e cheio de pontos de descanso. A estrutura tem uma mistura de materiais, texturas e alturas que permite que as pessoas usem o espaço como bem entenderem. O local também é dividido em zonas para usos focados, energéticos ou calmantes. “Estamos interessados nessa questão da sensibilidade sensorial, que não é bem abordada no projeto de espaços públicos”, disse Roberts ao Curbed, referindo-se ao som, toque e atividade.
O WIP Collective, que também inclui Abby Coover, Elsa Ponce, Ryan Brooke Thomas, Sera Ghadaki e Sonya Gimon, estava interessado em encontrar maneiras de dar mais variedade ao espaço público e tornar a cidade mais agradável para mais pessoas. “O que descobrimos em nossa pesquisa ao conversar com defensores e autodefensores [do autismo] é que você está em um espaço público muito ativo, barulhento e opressor – como um playground ou Times Square – ou em uma praça vazia, que é pouco estimulante”, disse Lindsay Harkema, fundadora do coletivo, em entrevista ao Curbed.
É a hora da arquitetura inclusiva
A pergunta que a arquitetura inclusiva faz é ao mesmo tempo simples e complexa: como as ruas podem apoiar usos sociais e não apenas infraestruturais?
“Meu trabalho é parte de uma mudança de uma ideia universal do público para uma exploração de como os espaços públicos podem suportar uma gama diversificada de experiências corporificadas e culturais”, falou Roberts em entrevista ao site do Center for Architecture.
O Habitability coleta dados pessoais fornecidos por você e, também, automaticamente, a partir das suas atividades de navegação.
Por padrão, as informações que você nos fornece, incluindo, eventualmente, dados que permitem a sua identificação, como acontece se você optar por receber nossa newsletter, não são conectadas às informações de navegação. Sendo assim, garantimos a você que não fazemos rastreamento individual de atividades.
Cookies estritamente necessários
Estes cookies são essenciais para que as nossas páginas funcionem adequadamente. Eles não podem ser desabilitados, pois, se forem, a disponibilização das nossas páginas ficará comprometida.
Os cookies estritamente necessários normalmente são ativados a partir de uma ação tomada pelo usuário, que equivalem a uma solicitação de serviços, como entrar em um de nossos domínios. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal identificável.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará ativar ou desativar os cookies novamente.
Cookies de terceiros
Este site usa o Google Analytics e tags de parceiros para coletar informações anônimas, como o número de visitantes do site e as páginas mais populares.
Manter esse cookie ativado nos ajuda a melhorar nosso site.
Ative primeiro os Cookies estritamente necessários para que possamos salvar suas preferências!