Conheça o aparelho que pode transformar ar em água

Startup da Tunísia cria dispositivo que condensa umidade do ar e o transforma em água portátil.

Por Redação em 11 de outubro de 2022 2 minutos de leitura

Reprodução por: Facebook Kumulus Water

Se o mar já virou um copo de água potável, agora é a vez de transformar ar em água. A startup tunisiana Kumulus criou um dispositivo que capta e condensa a umidade do ar, transformando-a em água possível de ser consumida.

O equipamento funciona com energia solar e consegue produzir de 10 a 50 litros de água limpa por dia, dependendo dos níveis de umidade do ar. Uma forma de levar água para as quase 1,1 bilhão de pessoas que não têm acesso ao líquido no mundo. “A tecnologia Kumulus é uma reprodução do efeito de orvalho e condensação da água do ar”, disse o CEO da startup Iheb Triki, em entrevista reproduzida pelo site Ciclo Vivo

Como uma nuvem

“O ar úmido é aspirado para dentro da máquina e passa por um filtro de partículas. Em seguida, passa por um processo de resfriamento que faz com que gotículas de água cheguem ao coletor”, explicou Triki. No final do processo, a água é filtrada, mineralizada e armazenada em um pequeno tanque de água que tem dentro do dispositivo. 

Outra vantagem importante das máquinas da Kumulus é que elas foram feitas para serem autônomas. Ou seja, o dispositivo consegue transformar ar em água sem precisar ser ligado a uma fonte externa de eletricidade ou a uma fonte extra de água.

Design de iate

Reprodução por: Facebook Kumulus Water

O primeiro produto criado pela Kumulus é um aparelho que tem 1 metro cúbico de dimensão, ou seja, o tamanho de uma poltrona, e a aparência de um robô futurista do filme da Disney Wall-E. Branco e arredondado, o Kumulus 1 usa plástico de revestir iate no seu exterior.

A inspiração para o formato do Kumulus são as jarras de barro, que são tradicionais na Tunísia para guardar água. “Quando eu era criança, as pessoas costumavam colocar água em potes de barro na frente de casa para quem passava”, disse o designer do produto Zouhair Ben Jannet, em entrevista à Fast Company. “O formato desses potes se manteve o mesmo por séculos. Tentei apenas modernizá-lo”, acrescenta.