Nasa prepara robô para explorar e até tirar água do lado inexplorado da Lua. Enquanto isso, na Terra, a Antártida segue misteriosa.
O Polo Sul da Lua é o destino da próxima missão exploratória da Nasa. Isso porque, pesquisadores veem chances de existir água potável congelada no solo da região longínqua do satélite. Os robôs aterrissarão no “lado oculto” da lua em 2024. Já a tripulação de carne e osso deve explorar a área na metade de 2025.
O robô, ou um rover, vai procurar por gelo, coletará amostras e mapeará o solo que encontrar. O desafio é capturar e entender uma região tão escura que está, literalmente, há bilhões de anos sem receber a luz do sol. Para se ter uma ideia, a temperatura pode chegar a 203º C negativos!
Em meio a esta escuridão congelante, a Nasa espera encontrar elementos voláteis químicos ou compostos em estado sólido, que derretem ou vaporizam em temperaturas moderadamente quentes. Esses elementos são particularmente importantes, pois contem micro organismos e guardam a história do sistema solar e até da própria Terra. Isso porque, uma das teorias sobre o nosso planeta sugere que uma versão muito jovem dele tenha colidido com outro planeta do tamanho de Marte, expelindo bolhas dos dois corpos no espaço. Pedaços capturados e moldados pelo campo de gravidade da Terra teriam, então, se tornado a nossa Lua.
De acordo com pesquisas recentes do Godard Space Flight Center da Nasa, pode haver espaços “potencialmente habitáveis” no Polo Sul da Lua. A Agência não descarta a possibilidade de ter uma base humana em solo lunar. Há, inclusive, uma corrida dos países para saber quem chega primeiro na região: Índia, China e Rússia já preparam suas próprias missões espaciais para o “lado oculto”.
Em meio ao caos climático, alguns acreditam que o futuro da humanidade precisa ir para o espaço. Enquanto isso, na Terra, alguns pontos remotos seguem tão inexplorados como o polo sul lunar. É o caso da Antártida que fica, não ironicamente, no extremo sul da Terra.
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Recentemente, cientistas descobriram florestas debaixo do gelo da Antártida. Os fósseis de plantas e animais mostram que criaturas viveram cem milhões de anos atrás. Como no caso lunar, as células congeladas guardam a história do planeta e podem, literalmente, voltarem à vida, caso o aumento médio da temperatura continue nos oceanos, reduzindo as geleiras em tempo recorde.
