Pesquisa da Bloomberg projeta que o número de carros elétricos vai crescer mais do que quatro vezes nos próximos 3 anos.
A frota de carros elétricos deve chegar a 100 milhões no mundo até 2026. Até 2040, serão 730 milhões de veículos, segundo estimativa da BloombergNEF no relatório Long-Term Electric Vehicle Outlook.
As vendas seguirão também em alta, passando dos atuais 10,5 milhões para 27 milhões de automóveis elétricos comprados em 2024. Atualmente, os veículos de passageiros correspondem a 53% das emissões de gás carbônico na área de transporte terrestre.
Até 2026, os carros que usam energia limpa vão deter 30% do mercado total de veículos. A descarbonização completa do setor rodoviário deve ocorrer até 2050, como projeta a empresa de pesquisa. Para isso, no entanto, será necessário preencher uma lacuna essencial: os caminhões de entrega.
O relatório mostra um cenário otimista que pode ser atingido depois das maiores economias do mundo aderirem a incentivos para a indústria de carros elétricos. Além disso, será necessário investimento em troca de infraestrutura – o que deve movimentar cerca de US$ 1,9 trilhão até 2050.
Faz parte dessa mudança de infraestrutura o incentivo para o desenvolvimento de baterias mais eficientes. A demanda por baterias de lítio deve crescer acima do que as atuais indústrias conseguem produzir. Segundo a Bloomberg, pelo menos US$ 188 bilhões precisarão ser investido para criar indústrias e manufaturas de baterias até o final da década.
A mudança da tecnologia das baterias, que devem usar menos componentes, é o desafio atual que as companhias precisarão pular para apoiar a descarbonização da frota rodoviária.
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Para a frota de carros elétricos crescer em quatro vezes nos próximos três anos, outros atores terão que entrar em cena. “Eliminar as emissões do transporte rodoviário exigirá todos os envolvidos, incluindo montadoras, fabricantes de baterias, empresas de carregamento, operadoras de rede, mineradoras, operadoras de grandes frotas e consumidores”, informou o documento.
Um dos riscos é que as pessoas não queiram trocar de veículos. Um exemplo será o investimento em carregadores. A China precisará de US$ 453 bilhões em investimento apenas em carregadores até 2040 para suplantar as vendas automotivas.
O recarregamento é uma das chaves para destravar o mercado de automóveis elétricos, uma vez que ele será o apoio necessário para a inovação na área de baterias. “Os governos devem fazer investimento direto para apoiar a criação de redes de carregamento púbicas, para evitar a queda de braços entre empresas automobilísticas”, indicou o documento.
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