Resfriamento de interiores será o desafio arquitetônico do futuro

Soluções para o resfriamento de interiores são cada vez mais necessárias para combater o aquecimento global e emergências climáticas

Por Redação em 22 de março de 2023 3 minutos de leitura

resfriamento

O aquecimento global é uma realidade e, com ele, surgem situações que precisam ser resolvidas emergencialmente. De acordo com a ONU (Organização da Nações Unidas), mais de 7.000 eventos climáticos extremos foram registrados desde 2000. E, um dos aspectos mais desafiadores dessa mudança será atender às crescentes demandas de resfriamento de maneira ecológica.

Para além de reduzir as temperaturas ambientes, o resfriamento das casas já é considerado o desafio arquitetônico e industrial do futuro. Mas, felizmente, muitas soluções já existem. 

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As soluções de resfriamento podem ser divididas entre passivas e ativas

O resfriamento é um processo mais difícil do que o aquecimento. Qualquer forma de energia pode se transformar em calor, sendo que nossos corpos e máquinas geram calor naturalmente, mesmo na ausência de sistemas de aquecimento ativos. Já o resfriamento não se beneficia igualmente da geração espontânea, tornando-o frequentemente mais difícil, mais caro ou menos eficiente de se implementar. 

Diante disso, o aquecimento global e seus efeitos de aquecimento intensificam uma demanda – já acelerada – por sistemas de refrigeração artificial, ou seja, o uso de refrigeração ativa. O problema é que, para funcionar, muitos desses sistemas necessitam de grandes quantidades de eletricidade e combustíveis fósseis.

O setor de construção vem tentando encontrar maneiras mais sustentáveis para atender a essa procura crescente por refrigeração. De maneira um tanto quanto simplista, é possível classificar os recursos atualmente usados como passivos e ativos. 

Evitar o resfriamento ativo pode aumentar a eficiência energética do planeta

De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e da Agência Internacional de Energia, já existem 3,6 bilhões de aparelhos de refrigeração em uso em todo o mundo. E os especialistas preveem que até 2050 precisaremos de 14 bilhões de unidades para atender às necessidades de toda população. 

Com tanta gente querendo “se refrescar”, é necessário encontrar formas mais naturais de resfriamento e de se afastar de vez dos HFCs (hidrofluorcarbono – gás utilizado em refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado). Isso evitaria consideravelmente as emissões cumulativas de gases de efeito estufa.

Por isso, é urgente que arquitetos e engenheiros comecem a adotar métodos que utilizem recursos mais naturais, como o reaproveitamento dos ventos, o resfriamento pela espessura das paredes, a ventilação cruzada e a vegetação natural.

Resfriamento passivo evita o uso de sistemas mecânicos ativos

As técnicas preventivas ou de dissipação de calor que fazem uso de pouco ou nenhum consumo de energia são ideais para quem quer ajudar o planeta e, ainda, economizar energia. As estratégias de resfriamento passivo são normalmente facilitadas por meio de efeitos ambientais naturais e projetos arquitetônicos focados em sustentabilidade. Veja abaixo alguns exemplos.

Ventilação natural cruzada – Quando as aberturas de um determinado ambiente ou construção são dispostas em paredes opostas ou adjacentes, permitindo, assim, a entrada e saída do ar.

Fluxo de ventilação vertical – É constantemente usado por meio do “efeito chaminé”. O ar frio exerce pressão sob o ar quente, forçando-o a subir, assim como na ventilação induzida

Brises Soleil ou quebra-sóis  – são excelentes mecanismos para garantir a ventilação natural, que além do controle de luz e solar, se bem projetados e posicionados em conjunto com as condições solares e de vento locais podem garantir uma excelente qualidade térmica interna.

A utilização de recursos naturais para o resfriamento em construções pode aplacar problemas futuros

À medida que as temperaturas globais continuam a subir e os eventos climáticos extremos destacam o problema crescente de superaquecimento, torna-se mais urgente a questão de encontrar soluções mais naturais de resfriamento. 

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Algumas alternativas para isso seriam a implantação de sistemas sustentáveis e mudanças nos códigos de obras. Promover o resfriamento arquitetônico é uma tarefa cada vez mais importante dentro do contexto das mudanças climáticas.