Selo Pró-Ética é um reconhecimento à integridade e responsabilidade social

A construtora MRV consolida sua liderança ética ao conquistar pelo segundo ano consecutivo o Selo Pró-Ética 2023.

Por Redação em 1 de dezembro de 2023 4 minutos de leitura

selo pro-etica
Foto: Rafael Medelima/ CGU via Flickr

A integridade ética e a responsabilidade social, que integram as boas práticas sociais, ambientais e de governança corporativa (ESG), emergem como fatores indispensáveis para o êxito no cenário de negócios contemporâneo. A sociedade, os clientes e os investidores manifestam uma crescente exigência por transparência e comportamento ético por parte das empresas. É neste contexto que o Selo Pró-Ética, criado em 2010, por meio da colaboração entre o Instituto Ethos e a Controladoria-Geral da União (CGU), se destaca. 

O objetivo do Selo é conferir reconhecimento público às organizações que demonstram esse compromisso. A iniciativa busca destacar empresas que implementam medidas efetivas voltadas para a prevenção, detecção e correção de práticas corruptas ou fraudulentas. Com um destaque significativo, a MRV conquistou o Selo pela segunda vez consecutiva, reforçando, assim, seu compromisso contínuo com padrões de integridade empresarial e governança.

Na do Selo Pró-Ética 2023, dentre as 299 empresas que participaram do Sistema de Avaliação e Monitoramento de Programas de Integridade, 84 foram contempladas. Importante destacar que todas as organizações reconhecidas são signatárias do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção. 

O cenário dos desafios éticos corporativos

A pesquisa “Perfil do Hotline no Brasil“, conduzida pela KPMG em sua 3ª edição, oferece insights sobre as ocorrências mais comuns relatadas pelas empresas, destacando uma realidade marcada por desafios éticos. De acordo com os dados revelados, a corrupção emerge como o tipo mais prevalente de incidentes, representando aproximadamente 28% do total.

Essas ocorrências abrangem uma variedade de situações, desde possíveis conflitos de interesses até propinas, gratificações ilegais e fraudes em licitações. Tais dados refletem não apenas a extensão do problema, mas, também, a complexidade das questões éticas enfrentadas por organizações em seus ambientes operacionais.

As fraudes financeiras ocupam 16% dos casos, segundo a pesquisa. O item abarca práticas como manipulação de resultados, falsificação de dados e lançamentos contábeis sem documentação adequada, por exemplo. Essa constatação reforça a importância de medidas preventivas e sistemas robustos de governança financeira, para salvaguardar a integridade e a transparência nas operações empresariais.

Impacto da Lei Anticorrupção nos programas de integridade

Desde a promulgação da lei 12.846/13, popularmente conhecida como Lei Anticorrupção, e diante da série de escândalos que têm assolado a economia e a sociedade brasileira, observa-se um aumento significativo na busca das empresas pela implementação de Programas de Integridade. Essa legislação, que trouxe consigo uma abordagem mais rigorosa e responsável em relação à corrupção corporativa, agiu como um catalisador para a conscientização das organizações sobre a necessidade premente de adotar práticas éticas e transparentes.

A crescente preocupação com a reputação e a responsabilidade corporativa impulsionou as empresas a reconhecerem a importância de cultivar uma cultura organizacional fundamentada em princípios sólidos de integridade. Os impactos dos escândalos recentes e as implicações da Lei Anticorrupção incentivaram essa mudança de paradigma, tornando a implementação de Programas de Integridade não apenas uma resposta a requisitos legais, mas, também, uma estratégia proativa para proteger a reputação, fortalecer relações comerciais e, acima de tudo, promover uma conduta ética duradoura. 

Sob esta perspectiva, a conquista do Selo Pró-Ética representa um reconhecimento neste processo de governança, com a validação externa do compromisso da empresa com a integridade e boas práticas empresariais. 

Selo Pró-Ética: além do reconhecimento

O Selo, conforme destacado pela CGU, visa não apenas reconhecer, mas, também, ampliar a visibilidade das empresas que se comprometem ativamente a construir um ambiente mais ético, íntegro e transparente. 

Os objetivos englobam diversas metas, além do combate à corrupção. Dentre elas, a importância de desenvolver uma cultura de integridade no meio empresarial, incentivar o setor privado a adotar medidas que promovam a governança como forma de enfrentamento à corrupção, reconhecer boas práticas e reduzir os riscos de fraudes e atos de corrupção, especialmente nas relações com o setor público.

O processo de avaliação das organizações e o reconhecimento daquelas que contribuíram para esses objetivos são conduzidos pelo Comitê Pró-Ética, que assume a responsabilidade de discutir e deliberar sobre os requisitos que devem ser cumpridos, além de compor a lista das empresas que receberão o selo a cada ano.

Conquistando a excelência: a jornada rumo ao Selo Pró-Ética

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A obtenção do Selo Pró-Ética representa um grande feito para as empresas, demandando a superação de um meticuloso processo de avaliação. Esse processo abrange a análise de documentos, entrevistas, inspeções nas instalações e uma avaliação criteriosa das práticas adotadas pela organização. Diversos critérios são considerados nessa jornada, entre eles, o comprometimento da alta direção, a presença de um código de ética e conduta, a implementação de canais de denúncia, a realização de treinamentos, a existência de políticas de transparência e a qualidade do relacionamento com parceiros de negócios.

A MRV atingiu uma significativa elevação de 12% em sua pontuação desde a última obtenção do Selo Pró-Ética, na edição 2020-2021, confirmando o comprometimento em aprimorar constantemente seu Programa de Integridade. O avanço reflete uma série contínua de iniciativas implementadas nos últimos anos. 

Dentre tais iniciativas, destacam-se algumas ações promovidas pela construtora, como o projeto “Integridade em Pauta”, que se concentra na conscientização de colaboradores, tanto próprios quanto terceirizados, nos canteiros de obra e nas lojas. Esse projeto alcançou sucesso ao capacitar e disseminar o conteúdo do Código de Conduta, por meio da atuação dos Técnicos de Segurança e Gerentes.

Além disso, visando fomentar esse comprometimento entre os cerca de 20 mil colaboradores distribuídos em mais de 100 cidades, a empresa introduziu o programa “Guardiões da Integridade”, que seleciona e treina colaboradores de diversas áreas e localidades, para desempenharem o papel de promotores de boas práticas de compliance. 

“Ao implementar essas ações e, sobretudo, obter reconhecimento pelas nossas iniciativas, a MRV reforça o seu compromisso com a cultura ética da organização em nossas tomadas de decisão e nos motiva a seguir adiante, ampliando a nossa responsabilidade de agir e de inspirar todo o ecossistema de pessoas e organizações “, conclui Eduardo Fischer, CEO da companhia.

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