Os segredos que a cidade conta

Fabio e Regiane Nakagawa mostram como grafismos urbanos e apropriação do espaço revelam sentidos e identidades da cidade.

Por Nathalia Ribeiro em 17 de novembro de 2025 11 minutos de leitura

Fábio Nakagawa e Regiane Nakagawa durante entrevista, ambos com aparência séria e cenário de fundo claro.
Fábio Nakagawa e Regiane Nakagawa (Foto: Divulgação)

As cidades dizem mais do que parece. Elas se expressam por meio de seus edifícios, ruas, pichações, murais e cartazes. Uma linguagem visual que revela tensões, memórias e desejos de quem as habita. É nesse território de significados que trabalham Fábio Nakagawa e Regiane Nakagawa. Professores e pesquisadores com trajetória em Comunicação e Semiótica, eles investigam como os espaços urbanos se configuram e se comunicam, mostrando que a cidade é, acima de tudo, um sistema vivo de signos.

Em sua pesquisa “A cidade falante pelos artefatos gráficos urbanos”, Lavapiés, em Madri, tornou-se um laboratório vivo dessa reflexão. Um bairro de intensa diversidade cultural, marcado por migrantes, coletivos artísticos e manifestações visuais que desafiam padrões e narrativas oficiais. Morando ali, os Nakagawa observaram como a apropriação do espaço pelos moradores transforma cada muro e cada cartaz em uma declaração de identidade e pertencimento.

Nesta entrevista ao Habitability, eles exploram como a semiótica urbana ajuda a compreender as dinâmicas simbólicas da cidade, a repensar políticas públicas e a construir reputações autênticas de lugares, revelando que a verdadeira marca de uma cidade nasce das relações, experiências e sentidos que emergem de quem a vive.

O bairro Lavapiés, em Madri, foi o foco da pesquisa de vocês intitulada “A cidade falante pelos artefatos gráficos urbanos”. O que fez desse bairro o objeto ideal para investigar a relação entre espaço urbano e manifestações culturais? 

Regiane Nakagawa: Tudo começou entre 2018 e 2019, quando fomos fazer um estágio pós-doutorado na Universidade Complutense de Madri. Nós já tínhamos um histórico de pesquisa sobre a cidade, durante o doutorado na PUC de São Paulo, trabalhamos com a professora Lúcia Ferrara. Inclusive, fazemos parte de um grupo de pesquisa chamado Espaço, Visualidade, Comunicação e Cultura (SPAC), vinculado à PUC-SP, mesmo não sendo mais docentes nem estudantes da universidade.

Com esse histórico de pesquisa sobre a cidade, fomos para a Universidade Complutense de Madri com o intuito de desenvolver um trabalho de investigação sobre a relação entre o espaço e a cidade em Madri. Coincidentemente, fomos morar no bairro Lavapiés, que é muito característico por concentrar uma grande quantidade de migrantes e por ter uma profusão de mensagens visuais muito intensa.

Fábio Nakagawa: Escolhemos a Complutense também por conta do professor Jorge Lozano, referência em semiótica na Espanha. Ele nos acolheu como orientador, o que foi essencial, já que nosso foco era pensar os espaços urbanos a partir das linguagens que os constituem.

Uma dessas linguagens era justamente a linguagem gráfica: essas formas de inserção e manifestação cultural. Foi a partir disso que também começamos a estudar e perceber essas expressões em Lavapiés.

Como a experiência de morar em Lavapiés influenciou a percepção de vocês sobre a relação entre os moradores, os artefatos urbanos e os sentidos produzidos pelo espaço?

Regiane Nakagawa: Lavapiés é o bairro onde mais se investe em limpeza de fachadas, justamente por concentrar a maior quantidade de mensagens visuais. Também há uma forte atuação de coletivos que usam esses artefatos para afirmar o que o bairro é e o que não é. O local tem um passado operário e hoje sofre com gentrificação e expulsão de moradores, muito em função dos aluguéis altos e do avanço dos Airbnbs. As mensagens nas ruas revelavam tudo isso.

Fábio Nakagawa: Aliás, era o bairro mais pichado de Madri. As mensagens iam de publicidade a protestos, discursos de ódio e declarações políticas. Enquanto muitos bairros se tornam homogêneos pela lógica da cidade-espetáculo, Lavapiés ainda preserva a presença e a voz de quem vive ali. Isso nos encantou.

Agora, em Barcelona, vocês estão focando nas pesquisas no bairro Raval. Quais semelhanças e diferenças ele apresenta em relação a Lavapiés?

Fábio Nakagawa: Sim, agora estamos desenvolvendo mais um pós-doutorado na Universidade de Barcelona, com o professor Manuel Delgado, que é catedrático em antropologia urbana e estuda as cidades também. Acabamos nos fixando no bairro Raval porque se comparado a Lavapiés, em Madri, apresenta muitas semelhanças. Ambos são bairros que borbulham contradições e encontros, com uma grande densidade de migrantes e uma forte presença de coletivos atuando. A força desses coletivos artísticos, culturais e sociais, é muito expressiva aqui na Espanha.

Esses lugares acabam se tornando efervescentes, ao mesmo tempo em que há muitas pessoas vivendo em condições precárias, existe uma vida cultural intensa e uma atuação constante dos moradores, que dão vitalidade à cidade em todos os sentidos.

Como os artefatos gráficos urbanos contribuem para a construção da reputação de bairros como Lavapiés? É possível dizer que a cidade ‘fala’ por meio dessas linguagens?

Prédio de parede decorada com mural artístico, árvores, carros da polícia, e várias pessoas caminhando na cidade em um dia ensolarado.
Foto: Travel-Fr/ Shutterstock

Regiane Nakagawa: A gente trabalha com uma perspectiva em que o olhar para esses fenômenos é semiótico, mas não restrito às teorias específicas do campo. Partimos do pensamento de Lúri Lotman, da escola de Tartu-Moscou, que propõe a semiótica da cultura, entendendo que a cultura se materializa por meio das linguagens que a constituem.

Quando falamos de culturas urbanas, tratamos da concretude, de como o urbano se manifesta nos espaços. Os artefatos gráficos urbanos são uma dessas formas de expressão, por meio das quais a cultura urbana se articula e produz sentidos em diálogo com outras espacialidades e linguagens, como a arquitetura e as visualidades da cidade. Nosso olhar semiótico busca compreender como essas linguagens dão materialidade à cultura urbana e produzem significados, o desafio está em identificar e inferir quais sentidos emergem dessas relações.

Fábio Nakagawa: Lotman não propôs um método, mas um modo de ver o mundo, baseado na ideia de que todos os temas estão em relação. A cidade, portanto, pode ser entendida como um grande sistema de sistemas. Ele fala em “textos culturais” para designar as diversas esferas que coexistem e se articulam nos espaços urbanos, como o grafismo, a política e a religião.

Nas derivas que realizamos pela cidade, observamos e registramos essas relações. Em Madri, isso resultou em pesquisas sobre grafismo urbano, na intervenção Sin Papeles e em um estudo sobre cinema e cidade. Aos poucos, fomos compreendendo como a cultura se manifesta pela política, revelando o modo como os moradores expressam seus pontos de vista por meio da cidade.

Enquanto muitos viam certos bairros como “sujos” ou “pichados”, nós percebíamos camadas de informação e sentido. Em Lavapiés, por exemplo, as inscrições revelam um bairro antifascista, contrário à homofobia, ao racismo e à misoginia, ideias sustentadas por quem vive e atua ali.

Como a semiótica urbana pode influenciar o planejamento urbano e a formulação de políticas públicas? 

Regiane Nakagawa: Antes de tudo, pensar políticas urbanas e habitacionais exige aprender a ler os espaços. Quando interpretamos os sentidos que eles produzem, compreendemos melhor as dinâmicas que os formam. Uma orientanda minha, por exemplo, pesquisa os vídeos Tour pelo Apê, da MRV, e mostra como a casa vai além da moradia física: ela expressa afetos, valores simbólicos e imaginários, algo que também aparece nas campanhas da marca. O mesmo vale para o espaço urbano, que é tanto território habitado, quanto lugar de construção de sonhos e relações. Esse olhar semiótico não apenas lê o espaço, mas também ajuda a projetar futuros possíveis, imaginando cidades e moradias que dialoguem melhor com os desejos das pessoas.

Há exemplos de espaços dessa aplicação ou a falta do olhar da semiótica urbana nas políticas públicas?

Regiane Nakagawa: Aqui em Barcelona, neste ano, o calor foi extremamente intenso, e olha que vivemos em Salvador, estamos acostumados com temperaturas altas, mas aqui foi muito mais forte. Em uma região mais comercial, foi inaugurado um parque com muito concreto e um espelho d’água. Só que estava tão quente que as crianças começaram a usar o espelho d’água como piscina. A população daquela área, majoritariamente formada por imigrantes e famílias de menor renda, carecia de espaços de lazer e refrigério. O espaço, então, passou a ser apropriado de outra forma.

A resposta do poder público foi tapar o espelho d’água apenas uma semana após a inauguração, justamente porque ele não estava sendo usado “como previsto”. Ou seja, um olhar mais sensível, mais “semiotizado”, teria sido capaz de prever essa apropriação, compreendendo que o sentido real do espaço urbano é construído também pelas pessoas e pelos usos que elas fazem dele.

De que forma a semiótica urbana permite compreender essas dinâmicas? Como ela ajuda a identificar os sentidos que emergem de práticas culturais e intervenções urbanas aparentemente simples, mas carregadas de significado?

Fábio Nakagawa: Não se trata de olhar para o que está diante de nós como simples objetos de análise, mas como fenômenos de linguagem, que envolvem sempre um outro, uma alteridade, a ser considerada no diálogo. A cidade representa bem esse desafio, pois não se revela facilmente.

O movimento de deriva, de caminhar e se deixar afetar pela cidade, nos ensina a escutar, ver, sentir, cheirar, a estar disponíveis ao que ela tem a revelar. Esse exercício aproxima a semiótica de campos como a antropologia, pois trata de permitir que o outro apareça para, a partir disso, inferir sentidos possíveis.

Como a semiótica urbana influencia a forma como a reputação de um lugar é construída e percebida, e de que maneira isso impacta a consolidação de uma marca-lugar?

Grafite com retratos de Frida Kahlo e Caetano Veloso em mural de rua
Foto: Laiotz/ Shutterstock

Regiane Nakagawa: Estamos desenvolvendo uma pesquisa em Barcelona, cidade que, desde as Olimpíadas de 1992, passou por um intenso processo de transformação e se tornou uma grande marca-lugar. O teórico da comunicação Guy Debord fala da sociedade do espetáculo, em que as relações sociais passam a ser mediadas por imagens. A marca-cidade opera da mesma forma: constrói-se uma representação espetacular e as relações das pessoas com o lugar passam a acontecer mediadas por essa imagem.

Trata-se de uma questão semiótica, pois nossa relação com os espaços é mediada por representações, da imagem que vende o ideal de uma cidade até a experiência concreta de quem a vive. Quando visitamos lugares com marcas tão fortes quanto Barcelona, chegamos predispostos a ver o que a imagem promete, mas, ao vivenciar o espaço real, muitas vezes essa experiência não corresponde ao espetáculo construído.

Fábio Nakagawa: Há uma questão importante em entender até que ponto o conceito de marca-lugar realmente se sustenta. Do ponto de vista simbólico, ele faz sentido, a marca atua como uma construção imagética que projeta uma ideia sobre a cidade. Mas, à luz do pensamento de Milton Santos sobre o lugar, surge uma contradição. Se falássemos em “marca local”, seria mais coerente. Já “marca-lugar” envolve uma dimensão muito mais profunda, cultural, relacional e experiencial, que transforma o espaço em um lugar.

Na prática, o que se constrói como “marca-lugar” é uma imagem de espetáculo que tenta localizar simbolicamente o espaço, mas sem realmente situá-lo, sem considerar o enraizamento, as vivências e as relações que o definem. Por isso, é preciso questionar: pode uma imagem espetacular manter a densidade simbólica que caracteriza um lugar? O que se vê, na maioria das vezes, é muito mais imagem-espetáculo do que lugar real.

Dessa forma, como garantir que a identidade simbólica de uma cidade nasça de dentro para fora, das experiências e significados reais dos seus habitantes?

Regiane Nakagawa: Antes de tudo, é preciso olhar para o lugar e compreender os sentidos que ele tem para as pessoas, entendendo a história que o constitui, sem impor algo artificial. Isso demanda um olhar semiótico, capaz de reconhecer os significados que o espaço construiu ao longo do tempo e, a partir disso, pensar ações que dialoguem com essa história. Não se trata de impor de fora para dentro, mas de entender que o sentido nasce de dentro para fora, das vivências, das relações e das memórias que formam o lugar. Essa perspectiva é essencial para evitar a mercantilização do espaço e preservar sua identidade simbólica e cultural.

Quando você menciona a mercantilização do espaço, poderia detalhar exatamente o que isso significa?

Regiane Nakagawa: Nós, por exemplo, que somos professores em universidades federais na Bahia, temos observado esse processo acontecer de forma muito clara em Salvador. A cultura afrodescendente, que tem uma importância histórica e simbólica imensa na Bahia, começa a ser transformada em mercadoria. O povo de santo, por exemplo, tem manifestado incômodo com essa comercialização do Candomblé.

A festa de Iemanjá é um bom exemplo disso, pois muita gente vai até lá apenas para tirar fotos e parecer “descolada”, mas sem vínculo real com aquela religiosidade, o que, às vezes, chega a ser um desrespeito com o povo de santo, que é quem realmente ocupa e sustenta aquele espaço. Não se trata de dizer que não se pode participar da festa, mas de reconhecer o lugar de fala, naquele momento, a centralidade não é nossa, e sim de quem constrói aquela história.

Fábio Nakagawa: Cada vez mais a gente percebe que essas intervenções urbanas, simbólicas ou culturais, muitas vezes não respeitam o que já existe no espaço, ou não se preocupam em respeitar. E não há como avançar assim. É preciso, de fato, compreender o espaço onde se pretende intervir e, principalmente, ouvir as pessoas que já o ocupam. Essa escuta é fundamental para reconhecer a dimensão humana e cultural dos lugares, algo essencial quando se pensa em qualquer tipo de reconfiguração ou planejamento. Caso contrário, tudo se torna apenas uma imposição, uma ação feita de fora para dentro, desconectada das realidades locais.

Dentro dessa reflexão sobre reputação e construção de marca-lugar, existem exemplos de cidades que conseguiram reverter uma percepção negativa e se transformar em referências positivas?

Vista de uma rua urbana com uma parede de grafite colorido em estilo street art, destacando idosos sorridentes e felizes
Foto: Work Franco/ Shutterstock

Fábio Nakagawa: Um exemplo emblemático é o de Curitiba. Não que fosse uma cidade ruim, mas ela tinha pouca visibilidade. Isso mudou com o planejamento urbano de Jaime Lerner, que remodelou a cidade dentro de uma lógica de espetáculo, transformando-a na chamada “cidade modelo”, referência em urbanismo e turismo, ainda que voltada a um público muito específico. A professora Lucrécia, da PUC, mostra isso no livro Curitiba: do modelo à modelagem, ao revelar como essa narrativa de sucesso foi construída. Algo semelhante ocorre em Barcelona, como aponta Manuel Delgado em “Barcelona, cidade mentirosa”: uma cidade moldada para parecer exemplar, mas sustentada por uma imagem idealizada que mascara suas contradições.

Existe algum caso que conseguiu reverter uma reputação negativa e se consolidar de fato como um lugar reconhecido e valorizado para além da imagem construída?

Regiane Nakagawa: Não é uma marca-lugar, está mais para marca-local, que é o Minhocão, em São Paulo. Quando o elevado foi construído, tornou-se um espaço degradado, evitado pelos moradores. Mas, na gestão de Luiza Erundina, passou a ser fechado à noite e nos fins de semana e, sem planejamento, foi ocupado espontaneamente pela população, transformando-se em uma grande praça.

Com o tempo, surgiram iniciativas como a Festa Junina do Minhocão, organizadas de forma colaborativa. O espaço rejeitado ganhou novos usos e sentidos, resultado de uma reapropriação orgânica dos moradores. Mais tarde, essa ocupação inspirou discussões no plano diretor de Haddad sobre transformá-lo em um parque elevado, como o High Line, em Nova Iorque. É um exemplo de transformação que nasce de dentro para fora, a partir dos significados atribuídos pelas pessoas.

Mensurar qualquer trabalho de reputação e semiótica urbana ainda é um desafio pela subjetividade natural do tema. Como isso pode ser feito no contexto das cidades?

Fábio Nakagawa: Quando estávamos no curso de Publicidade e Propaganda em São Paulo, discutíamos muito isso: rankings e indicadores sempre atendem a públicos específicos. Há quem queira acreditar nesses discursos, mas eles nem sempre refletem a cidade real, apenas uma versão idealizada dela. Se formos discutir psicanaliticamente o que é felicidade, por exemplo, trata-se muito mais de sustentar uma imagem idealizada de cidade ou país, como quando dizem que “a Finlândia é o lugar mais feliz do mundo”. Mas o que é felicidade? E o que é, afinal, a cidade?

Por isso, vejo esses “dez melhores”, “mais felizes”, “mais sustentáveis” como recortes de comunicação, ou seja, se atingem o público desejado, cumprem seu papel simbólico. Mas pensar a cidade de verdade, com toda sua complexidade social, humana e simbólica, é algo bem mais difícil.

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Diante de questões como sustentabilidade, mobilidade e inclusão social, como a semiótica urbana pode contribuir para compreender e agir nos complexos desafios das cidades contemporâneas?

Regiane Nakagawa: A semiótica nos ajuda a compreender como todas essas relações se constituem, algo próximo da ecosemiótica, a ideia de que tudo está interligado de forma orgânica e que um elemento afeta o outro. Quando pensamos em sustentabilidade, por exemplo, ela é indissociável da mobilidade urbana, de cidades que priorizam o transporte público em vez do individual.

A semiótica nos permite entender como esses grandes desafios urbanos estão interconectados, formando uma rede de sentidos e relações que se expressam nos espaços. E isso não se restringe à dimensão simbólica, envolve também questões políticas, econômicas e de mercado, que influenciam fortemente essas dinâmicas e significados.

Fábio Nakagawa: No caso da semiótica, não a semiótica urbana propriamente dita, mas a semiótica que a gente mais estuda, a de Lotman, traz o conceito de semiosfera, que se refere justamente a esses espaços onde várias esferas atuam simultaneamente. A inspiração dele vem da ideia de biosfera, do Vladmir Vernadsky, e a partir daí já se percebe um olhar que articula um modo ecológico de compreender a cultura.

E eu acho que, hoje, a semiótica urbana, diante de todos os desafios contemporâneos, precisa incorporar essa dimensão ecológica — cultural e social —, para conseguir enxergar as diversidades e, sobretudo, as relações entre elas, entendendo como tudo isso efetivamente constrói o que chamamos de espacialidades.

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