Secretaria vai coordenar ações das cidades voltadas para aumentar a acessibilidade e a comodidade para o "senior living"
Nova York está atenta à tendência mundial de envelhecimento da população. No último mês, a prefeitura da cidade norte-americana criou um Gabinete exclusivo para atender aos nova-iorkinos com mais idade, o chamado público senior. A pasta, chamada de “senior living”, será formada por uma série de agências da cidade e terá objetivo de apoiar serviços, projetos e políticas que beneficiem os idosos.
“Um em cada cinco nova-iorquinos tem 60 anos ou mais. Então, como cidade, precisamos repensar sobre como atendemos a essa importante parcela da população e também como criar estratégias para garantir que tudo o que fazemos seja projetado para ser amigável ao idoso”, disse o prefeito Eric Adams, em comunicado oficial. “O gabinete também eliminará as divisões entre as agências da cidade, quando se trata de atender à população idosa. Os nova-iorquinos mais velhos ajudaram a construir esta cidade e merecem o melhor dela, especialmente seu governo, todos os dias.”
O gabinete inclui agências de segurança pública, serviços sociais, tecnologia, imigração e habitação. Afinal, todas essas áreas se relacionam ao dia a dia de um cidadão com mais de 60 anos na cidade. “O trabalho deles não apenas servirá melhor aos idosos, como também ajudará as gerações futuras, pois todos se beneficiam em uma cidade inclusiva”, disse a vice-prefeita de Nova York, Lorraine Grillo.
Como acontece no Brasil, em Nova York a população idosa é a que mais cresce. E adaptar a cidade a esse perfil de público se torna cada vez mais necessário. Mas, as exigências da população senior não são tão diferentes do que as das demais faixas etárias: acesso a serviços básicos e digitais, mobilidade urbana, habitação e bem-estar físico. O cuidado extra, no entanto, precisa ser em como as informações chegam a essa população e como transformar a cidade em um espaço possível para todos.
O “senior living” é um termo usado no mercado imobiliário para falar sobre um mix entre setor hoteleiro, de saúde e imobiliário, com cuidados para a população idosa. O gabinete de Nova York deve ir além deste conceito, aplicando também tecnologia à vida urbana e ao dia a dia dos idosos.
Para isso, é preciso pensar na acessibilidade não só do espaço público físico, mas também no virtual. A cidade pretende distribuir tablets para a população idosa carente, além de discutir formas de tornar aplicativos e sites públicos mais abertos para o uso das pessoas com mais de 60 anos de idade. A preocupação também recai sobre os serviços de saúde, que devem ser mais próximos dos cidadãos idosos, algo que a telemedicina pode fazer com qualidade.
