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5 previsões para o futuro das cidades da “guru” do Vale do Silício
Principal futurista do Vale do Silício, Amy Webb, projeta o futuro das cidades para a próxima década. Confira!
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Redação em 5 de abril de 2022 3minutos de leitura
Engenharia para mudar o clima, ilhas flutuantes, materiais inteligentes e combustíveis de hidrogênio podem estar no futuro das cidades nos próximos anos. Essas são as projeções da criadora do Future Institute Today, Amy Webb, considerada a futurista “guru” do Vale do Silício.
A seguir você confere uma seleção dos principais pontos sobre construções e cidades do seu relatório de tendências, o “Future Tech Trends”, apresentados em sua palestra no SXSW 2022 – maior evento de inovação do mundo, realizado em março.
1. Um Chefe para Aquecimento Global
Algumas cidades já estão criando laboratórios de análise e estudo dos impactos das mudanças climáticas em seus ambientes. Isso deve levar à criação de uma nova posição, tanto em prefeituras, quanto em empresas: o “Chief Heat Officer”. Cidades como Los Angeles e Phoenix já criaram uma cadeira parecida. Segundo Amy Webb, essa tendência deve se multiplicar pelas cidades mundo afora, apenas para responder às condições climáticas adversas.
2. Colonização do… mar?
Chamada “seasteading”, as “ilhas artificiais” são vistas como uma tendência para o futuro tecnológico das cidades. As criações de habitações permanentes no mar já vão ser colocadas em teste na Coreia do Sul em 2025, em um projeto feito em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Oceanix. Webb cita players como o Seasteading Institute e o Ocean Builders como aqueles que já estão construindo para esse espaço. “Apesar do seasteading ter sido pensado, inicialmente, para estabelecer sociedades utópicas para irem além do alcance dos governos, as inovações podem tornar essas cidades viáveis para os governos que querem proteger os cidadãos do aumento do nível dos oceanos”, disse o relatório.
3. A era das chuvas artificiais
A geoengenharia está ganhando força, de acordo com Amy Webb. A futurista do Vale do Silício aponta que a busca para reverter a mudança climática – ou até para diminuir os seus efeitos sobre a população – acaba levando a inovações nesta área. As “injeções em nuvens”, feitas para tentar transformar as nuvens em refletores do sol são um exemplo. Mais próxima do nosso dia a dia, segundo Amy, está a criação de chuvas artificiais usando drones. O relatório usa como indicador da tendência o case dos Emirados Árabes. Com o uso de aparelhos voadores eles deram “choques” em nuvens e, assim, criaram tempestades em lugares que, antes, eram secos.
4. Tinta ultra-branca contra o calor
Engenheiros da Universidade de Purdue criaram a tinta mais branca já conhecida até hoje em dia. Caso usassem esse material, os prédios não precisariam mais de ar-condicionado, já que ela consegue refletir 98% da luz solar. Os cientistas calculam que as tintas conseguem manter as superfícies 19 graus Farenheit mais frio à noite e 8 graus Farenheit mais frio durante o dia. Para Amy Webb, tecnologias de construção para adaptação climática como essa devem proliferar, tornando-se realidade na próxima década.
5. CO2 é o novo concreto e hidrogênio a nova eletricidade
Materiais que consomem CO2 no lugar de emiti-lo são a nova fronteira do futuro das cidades, a exemplo do que a natureza já faz. Tratam-se de concretos que absorvem gás carbônico, além de tecidos que podem usar CO2 em sua fabricação.
A LanzaTech se juntou à Lululemon para criar roupas esportivas com tecidos que usam o gás causador do efeito estufa em sua fabricação, a empresa Twelve usou o CO2 para produzir combustível para aeronaves e pesquisas usando o hidrogênio como combustível estão bem avançadas – companhias como Kubagen, a Total Energies ou a Clean Hydrogen Future Coaliton já estão em pontos finais do uso do gás como uma alternativa limpa e mais barata para a matriz energética das cidades.
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