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Arquitetura vernacular integra identidade, necessidade e ancestralidade
A arquitetura vernacular é uma forma de construção que valoriza o uso de materiais locais e se adapta ao clima e às tradições de cada região.
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Redação em 27 de novembro de 2024 12minutos de leitura
Foto: Muzhik/ Shutterstock
A arquitetura vernacular pode ser explicada como um tipo de construção que surge a partir das características e recursos locais ou regionais, utilizando materiais disponíveis no próprio ambiente onde está inserida. Esse modelo de construção, também conhecido como “arquitetura popular”, está profundamente conectado ao contexto em que se desenvolve, sendo influenciado tanto pelas condições geográficas, como o clima e a topografia, quanto pelos aspectos culturais da comunidade local. Isso faz com que as construções vernaculares apresentem singularidades em diferentes partes do mundo, servindo também como uma forma de expressar e afirmar identidades culturais.
No entanto, devido a essa diversidade e às particularidades de cada lugar, o conceito de arquitetura vernacular pode ser de difícil definição. Paul Oliver, em seu livro Built to Meet Needs: Cultural Issues in Vernacular Architecture (2006), fruto do projeto Enciclopédia da Arquitetura Vernacular do Mundo, destacou a importância de uma definição mais precisa. Ele caracterizou a arquitetura vernacular como aquela que abrange as habitações e outras edificações construídas pelos próprios moradores ou pela comunidade, utilizando tecnologias tradicionais e recursos disponíveis localmente. Essas construções são projetadas para atender às necessidades específicas das pessoas, refletindo seus valores, economias e modos de vida.
Segundo Rubenilson Brazão Teixeira, duas características fundamentais da arquitetura vernacular são a tradição e a contextualização. A tradição refere-se ao fato de que esse tipo de arquitetura surge de um povo e se desenvolve ao longo do tempo, com base em formas e técnicas que foram transmitidas de geração em geração. Já a contextualização destaca o respeito às condições locais, onde a arquitetura vernacular demonstra grande sensibilidade ao ambiente natural e às particularidades geográficas, criando soluções adaptadas às características do lugar, como o clima e a vegetação.
O conceito de arquitetura vernacular é relativamente novo no cenário mundial. Seu estudo começou a ganhar atenção na Inglaterra no final do século XIX, com arquitetos como Lutyens, Voysey e Webb, que apreciavam a simplicidade e a harmonia dessas construções com o ambiente ao redor. No entanto, no início do século XX, o tema ainda não despertava grande interesse entre a maioria dos arquitetos, o que fez com que o movimento moderno demorasse a reconhecer sua importância. Apesar disso, alguns profissionais, como Frank Lloyd Wright, se destacaram ao valorizar e usar as formas vernaculares como inspiração em seus projetos, sendo pioneiros nesse resgate.
No Brasil, o interesse pela arquitetura vernacular começou a ganhar maior destaque no início do século XX, impulsionado por figuras como Ricardo Severo, Ernesto Viana e Lúcio Costa. Esse movimento coincidiu com as comemorações do centenário da Independência, em 1922, um período marcado por um forte desejo de valorização da identidade cultural brasileira. Durante esse momento histórico, houve uma produção significativa de textos e debates sobre o tema, refletindo o esforço de enaltecer as tradições construtivas locais, que utilizavam materiais e técnicas adaptadas ao clima e à geografia do país.
Portanto, a arquitetura vernacular é o resultado da adaptação das comunidades ao seu ambiente. Em vez de importar materiais ou técnicas de outras regiões, ela utiliza o que está à disposição no entorno. Isso pode incluir madeira, barro, pedra, palha ou bambu, por exemplo, dependendo do que a natureza oferece em abundância. O conhecimento de como usar esses materiais é transmitido de geração em geração, criando construções que resistem ao tempo e aos desafios climáticos locais.
Um exemplo clássico desse tipo de construção são as casas de pau-a-pique, típicas do interior do Brasil. Feitas com barro e madeira, elas são frescas no verão e quentes no inverno, uma resposta natural ao clima. Outro exemplo são as casas de pedra das áreas montanhosas da Europa, que aproveitam a abundância do material para criar estruturas sólidas e duradouras, ideais para suportar as baixas temperaturas.
A arquitetura vernacular é uma expressão rica e diversificada das práticas construtivas moldadas por cada comunidade ao longo do tempo. A complexidade e pluralidade dessa arquitetura tornam a análise de suas variações um desafio, mas a arquitetura sustentável tem buscado integrar esses aspectos regionais nos princípios bioclimáticos das construções modernas.
1. Tradição
A arquitetura vernacular é profundamente enraizada em tradições e conhecimentos transmitidos de geração para geração. Cada construção é um testemunho das práticas passadas e dos saberes acumulados ao longo do tempo, refletindo a continuidade das práticas culturais e técnicas construtivas da comunidade.
O design vernacular é ligado aos condicionantes geográficos e ao uso de recursos e materiais locais. Essa abordagem resulta em edificações adaptadas ao clima, proporcionando conforto ambiental e utilizando materiais orgânicos e técnicas ambientalmente amigáveis. Esse caráter adaptativo faz da arquitetura vernacular um exemplo de sustentabilidade, servindo de inspiração para as arquiteturas bioclimáticas contemporâneas.
A arquitetura vernacular não é apenas uma forma de construção; é uma expressão cultural. Ela responde a costumes e práticas específicas da comunidade, refletindo o ambiente visual e fortalecendo o sentimento de pertencimento. Cada construção é uma manifestação da identidade coletiva do local.
4. Adequação
Essa tipologia arquitetônica preza pela funcionalidade e adequação ao clima, necessidades e recursos disponíveis. Em geral, a arquitetura vernacular é minimalista, sem excessos, dimensionada para atender às necessidades da comunidade e ao contexto de sua construção, utilizando os recursos e a mão de obra disponíveis localmente.
5. Ausência do arquiteto
A arquitetura vernacular é uma construção coletiva, produzida e voltada para a comunidade. A figura do arquiteto profissional, tal como a conhecemos, não tem espaço nesse contexto. A criação arquitetônica é vista como um esforço coletivo, onde a contribuição de um arquiteto individual não é necessária para a concretização dos projetos.
A arquitetura vernacular não se limita a estilos arquitetônicos específicos. Cada localidade desenvolve seu próprio “estilo” baseado em suas variantes e costumes locais. Essas variações são sutis e seguem a linguagem dos ensinamentos anteriores, sem a ambição consciente de criar algo completamente novo.
7. Sustentabilidade
Ao valorizar os recursos naturais disponíveis em cada região, ela está profundamente ligada à sustentabilidade, pois minimiza o impacto ambiental, uma vez que utiliza materiais locais e abundantes, sem a necessidade de transporte de recursos de outras localidades ou países.
Arquitetura vernacular brasileira e suas técnicas construtivas
A arquitetura vernacular brasileira tem suas raízes nos povos indígenas que habitavam o Brasil antes da chegada dos europeus. O território brasileiro é vasto e apresenta uma grande diversidade climática, o que influenciou diretamente a forma como as diferentes tribos construíam suas casas. Cada tribo desenvolveu estilos únicos de arquitetura, adaptados aos seus recursos naturais e às suas culturas, resultando em uma rica variedade de modelos construtivos.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1530, trouxeram consigo o estilo de arquitetura colonial europeu. No entanto, esse estilo precisou ser adaptado às novas condições do Brasil, que não oferecia os mesmos materiais e técnicas disponíveis na Europa. Para isso, foram incorporadas práticas e conhecimentos das populações indígenas e africanas que já estavam no país. Técnicas como a taipa de pilão, que utiliza terra compactada, e o pau a pique, que envolve o uso de varas de madeira entrelaçadas com barro, passaram a fazer parte da construção colonial. Além disso, o Sul do Brasil recebeu influências da arquitetura alemã, trazida por imigrantes que contribuíram para a diversidade arquitetônica da região.
Assim como em outras partes do mundo, a arquitetura vernacular brasileira é mais visível nas habitações. Ela surgiu da necessidade de criar moradias adequadas aos recursos disponíveis e às práticas culturais de cada grupo.
Principais manifestações da arquitetura vernacular no Brasil
Oca
A oca é uma tipologia de construção indígena fundamental para as aldeias. Essas habitações tradicionais são construídas, principalmente, com madeira, que é entalhada para criar encaixes seguros ou amarrada com cipós. O telhado é coberto com materiais vegetais, como folhas de palmeira, que oferecem proteção contra as intempéries. As ocas são amplas e abertas, sem divisões internas, e servem como espaços versáteis onde as comunidades realizam atividades diárias, incluindo a produção de objetos e alimentos.
Maloca
A maloca é outra importante tipologia de arquitetura vernacular indígena, projetada para abrigar vários grupos familiares ao mesmo tempo. Diferentemente da oca, que é uma estrutura única para uma família, a maloca é muito maior e pode se estender por até 200 metros de comprimento. Ela é dividida internamente em espaços de aproximadamente 6×6 metros, proporcionando áreas distintas para diferentes famílias ou atividades. A construção da maloca utiliza materiais semelhantes aos da oca, como madeira e cobertura vegetal, adaptando-se às condições ambientais da região. O termo “maloca” significa “casa grande” em Tupi, refletindo sua função como um espaço comunitário amplo e multifuncional.
Pau a pique
De origem africano, este método começa com a construção de uma estrutura de trama feita de madeira ou bambu, cujas peças são unidas por cipós. A estrutura é então fixada ao chão para garantir sua estabilidade. Os espaços vazios entre as tramas são preenchidos manualmente com barro, que é compactado para formar paredes sólidas e isolantes. A cobertura pode variar conforme os recursos disponíveis, sendo feita de materiais vegetais, como palha, ou de telhas de barro, oferecendo proteção contra as intempéries.
Palafita
Na região Norte do Brasil, onde as chuvas são intensas e as áreas frequentemente ficam alagadas, uma solução arquitetônica é a construção de habitações sobre estacas. Essas estruturas são levantadas do solo e apoiadas em estacas cravadas profundamente no chão, permitindo que as enchentes passem por baixo das casas sem causar danos.
Enxaimel
No Sul do Brasil, a arquitetura influenciada pela imigração alemã é marcada por uma técnica de construção que utiliza uma treliça de madeira. Essa abordagem consiste em montar uma estrutura de madeira composta por peças verticais, horizontais e diagonais, que se encaixam entre si sem a necessidade de pregos. Os espaços vazios entre a treliça são então preenchidos com materiais como tijolos, pedras ou terra, proporcionando isolamento e estabilidade à construção.
Taipa de pilão
Essa técnica de construção é semelhante ao método tradicional conhecido como pau a pique, mas com uma abordagem diferente na estruturação. Em vez de usar apenas paus, são empregadas tramas como moldes para a construção. A mistura de terra, cascalho e cal é compactada nas tramas usando pilões de madeira, formando uma estrutura sólida. Após a compactação e o assentamento do material, as tramas são removidas, deixando a construção pronta. A cobertura pode ser feita de materiais naturais, como palha ou folhas, ou de telhas de barro, dependendo das necessidades e dos recursos disponíveis.
A diversidade construtiva e cultural de Norte a Sul
O Brasil, com suas vastas dimensões e riqueza cultural, revela uma arquitetura vernacular diversa, conforme revela uma pesquisa conduzida por um grupo de arquitetos da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). O estudo investiga como essa forma de arquitetura reflete os modos de construção locais.
No Nordeste, por exemplo, o clima semiárido e a proximidade com o litoral influenciam fortemente as práticas de construção. As casas de taipa de pilão são comuns, especialmente em áreas mais secas. Elas oferecem isolamento térmico e adaptam-se bem às altas temperaturas e à umidade variada. No litoral, as palafitas e casas de barro, muitas vezes elevadas sobre estacas, são uma resposta prática às inundações e ao ambiente úmido. A arquitetura nordestina também é marcada pela presença de varandas cobertas e telhados de palha, projetados para oferecer sombra e proteção contra as chuvas intensas.
Ao se deslocar para o Centro-Oeste, a influência das culturas indígenas e coloniais se faz presente. As construções de palha e madeira, utilizadas pelos povos indígenas, são adaptadas às condições do cerrado e à necessidade de ventilação. O uso da taipa de pilão, trazido pelos colonizadores, também é uma característica marcante da arquitetura vernacular na região.
No Norte, a arquitetura vernacular é dominada pela adaptação ao ambiente amazônico. As casas flutuantes e palafitas são soluções para lidar com o regime de cheias dos rios e o terreno alagadiço. Feitas de madeira e muitas vezes montadas sobre estacas ou toras flutuantes, essas construções permitem que os moradores permaneçam secos durante as inundações e aproveitem os recursos da floresta ao redor. A cobertura dessas casas varia desde telhas metálicas até folhas secas trançadas, dependendo da disponibilidade de materiais e das necessidades específicas dos residentes.
Finalmente, no Sul, a arquitetura vernacular é marcada pela influência dos imigrantes europeus, tendo como reflexo o enxaimel. As casas de madeira, com suas telhas cerâmicas e acabamentos detalhados, são comuns na região e destacam a herança cultural dos imigrantes europeus.
Da vernacularidade às soluções modernas e sustentáveis
A arquitetura contemporânea no Brasil passou por transformações significativas, refletindo mudanças nos métodos de construção e nas necessidades da sociedade. Tradicionalmente, a arquitetura vernacular brasileira utilizava técnicas baseadas em materiais naturais, como argila, cascalho e palha seca.
Para resolver desafios construtivos modernos, o Brasil começou a incorporar materiais industrializados e técnicas de construção de regiões com climas diferentes, como os da Europa e dos Estados Unidos. Essa mudança foi impulsionada por vários fatores, incluindo escassez de algumas matérias-primas e a influência da economia global.
Nas áreas urbanas mais informais, como favelas e bairros espontâneos, a arquitetura vernacular adaptou-se ainda mais. Hoje, é comum ver construções feitas com materiais reciclados e de baixo custo, como plásticos de garrafa PET, latas e garrafas de cerveja. Essas adaptações respondem à necessidade de utilizar recursos disponíveis de maneira econômica.
A sabedoria tradicional como pilar para sustentabilidade
A arquitetura vernacular, frequentemente vista como inferior, é na verdade uma fonte de saberes e práticas construtivas que têm o potencial de enriquecer o panorama arquitetônico brasileiro. Esses modelos vernáculos não apenas preservam e enaltecem as raízes culturais do Brasil, mas também desempenham um papel importante no desenvolvimento de uma arquitetura mais sustentável e adaptada às condições locais.
Os saberes nativos não se limitam a grandes projetos de arquitetura e urbanismo, mas também podem influenciar projetos de menor escala, como a arquitetura de interiores. Embora a arquitetura vernacular possa não se encaixar perfeitamente em centros urbanos modernos, suas práticas podem ser adaptadas para enriquecer espaços internos e contribuir para a neuroarquitetura, ajudando a criar ambientes que promovem o bem-estar e a conexão com a natureza.
É o caso do projeto do Instituto Socioambiental ISA, situado em São Gabriel da Cachoeira, a aproximadamente 1 mil km a noroeste de Manaus, às margens do Rio Negro. O local foi projetado com a colaboração de mão de obra indígena. A cobertura, elaborada com palha piaçava, madeira e cipós, não apenas assegura conforto térmico, mas também cria um amplo espaço de convivência que remete às tradicionais malocas indígenas.
Outro exemplo é a Casa Cunha projetada pelo escritório Arquipélago Arquitetos, situada no Sertão de Cunha, interior de São Paulo, que integra princípios de arquitetura bioclimática e vernacular. A residência, parcialmente enterrada no terreno, utiliza o corte realizado para proteger contra os ventos frios e otimizar o conforto térmico. A terra retirada do corte foi reaproveitada na construção das paredes em taipa de pilão, cuja dureza, cor, brilho e propriedades térmicas refletem as características do solo local. Além das paredes de taipa de pilão, a construção incorpora tijolos de cor de palha, fabricados por uma olaria local. Elementos fixos, como a lareira e a estante, também são feitos com taipa de pilão, enquanto a madeira é utilizada em esquadrias, forro, piso e outros detalhes.
Já o Bar Brasileiro Barraco, localizado em Xangai, China, é um exemplo marcante da brasilidade no exterior. Utilizando materiais reciclados, como portas e janelas de edifícios demolidos, o ambiente recria a atmosfera vibrante e desordenada das cidades tropicais brasileiras. As paredes em concreto aparente e o piso, que mistura concreto com madeira e pedrinhas brancas, oferecem uma base neutra que contrasta com o forro colorido e irregular. Este forro, que evoca a estética dos barracos, é salpicado com plantas, balanços e elementos de madeira, criando um ambiente lúdico e envolvente. A mesa/porta amarela, que pode ser içada para eventos maiores, adiciona um toque funcional e festivo. A decoração inclui itens típicos brasileiros, como cadeiras de praia, bonecos de barro, chapéu de cangaço e tucanos, integrando elementos culturais e promovendo uma experiência imersiva na cultura tropical.
Arquitetura vernacular no mundo
Ao redor do mundo, diversas culturas desenvolveram formas de construção que se adaptam ao clima e aos recursos locais. Na Malásia, por exemplo, existem as chamadas “Malay Houses”, projetadas para lidar com o calor e a umidade do clima local. Essas casas foram construídas de maneira a permitir uma boa circulação de ar, o que ajuda a mantê-las mais frescas. Seus grandes telhados sobrepostos permitem que as janelas fiquem abertas, mesmo em dias de sol ou chuva, que são comuns na região. Além disso, essas casas são erguidas sobre palafitas, o que facilita a ventilação e protege contra enchentes. Essas casas, muitas vezes feitas de madeira de teca, são valorizadas principalmente pela qualidade da madeira.
Além da Malásia, também é possível encontrar cabanas de barro em Camarões e casas de cana no Iraque, todas adaptadas ao clima e construídas com recursos locais. No Iraque, também tem as casas de junco, que são comuns nos pântanos onde os rios Tigre e Eufrates se encontram e são habitadas pelo povo Ma’dan, conhecido como os árabes do Pântano. Essas habitações são possíveis graças à grande quantidade de juncos que crescem na região. O material é usado para formar colunas, paredes e arcos, que compõem a estrutura da casa, que pode ser construída em apenas três dias.
Em algumas situações, essas casas de junco flutuam sobre “tuhul”, que são espécies de ilhas flutuantes. Em outros casos, as casas podem ser deslocadas conforme o nível da água sobe ou desce, e reerguidas rapidamente, em menos de um dia. Apesar de serem construídas com materiais simples, essas casas podem durar até 25 anos, desde que recebam os devidos cuidados.
Mesmo com a disponibilidade global de materiais, essa abordagem destaca a importância de uma conexão harmônica entre humanos e meio ambiente, fruto de uma evolução milenar de técnicas que resistiram ao tempo.
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