Favelas 4D: projeto do MIT faz mapa 3D a laser da Rocinha
A partir de escaneamento a laser, projeto Favela 4D recria dimensões, distâncias e elevações das ruas da favela. Próximo passo é criar “digital twin”.
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Redação em 20 de setembro de 2022 2minutos de leitura
A tecnologia de digitalização a laser está sendo usada em favor das favelas brasileiras. O Massachusetts Institute of Technology (MIT), em parceria com a BRTech, recriou a Rocinha em um ambiente digital, apenas a partir do mapeamento em 3D. O projeto foi batizado de Favela 4D e está sendo liderado pelo Senseable City Lab.
Com as imagens 3D é possível registrar as dimensões, distâncias e elevações das ruas da maior favela do Brasil. O espaço conta com cerca de 100 mil habitantes em 838 mil metros quadrados. A coleta é feita via aérea, mas também terrestre, utilizando os lasers Lidar (os mesmos usados por carros autônomos). Combinando ambas imagens, eles conseguem ler os dados e revelá-los em forma de mapeamento.
Em entrevista à CNN, um dos coautores da pesquisa, o urbanista Fábio Duarte, elogiou a técnica “mista” do MIT. “Em ambientes complexos como a favela, o laser de base aérea tem várias obstruções (vielas estreitas, cobertura vegetal), o que faz com que o método terrestre seja mais preciso para essas áreas”, explicou.
Favelas 4D: a importância de entender
O objetivo do Favela 4D é compreender o mapa da Rocinha e apoiar o planejamento urbano para a região. A complexidade do ambiente da favela se reflete nos mapas que se tem desses bairros até hoje: existem vielas não contabilizadas que criam dificuldade para seus moradores.
Ao registrar a altura das construções e a largura das ruas, o sistema pode ser utilizado para evitar a formação de passagens sem ventilação e iluminação natural. Além disso, também pode ajudar a criar endereços formais para os moradores – o que é essencial para os Correios ou outros serviços digitais chegarem até lá. Melhora de sinalização e a regularização dos números das casas da Rocinha também poderão ser atingidos com o mapeamento. Em entrevista ao Zedd, o professor e arquiteto Carlos Ratti, que liderou o projeto no MIT, afirmou que o Favela 4D ainda pode criar uma nova via para a conversa com a Rocinha e outras comunidades. “Apesar de suas circunstâncias difíceis, os moradores das favelas desenvolveram maneiras engenhosas e responsivas de construir seus próprios sistemas urbanos”, diz ele. “Este processo de planejamento de baixo para cima e as formas arquitetônicas complexas que ele produz podem desafiar a forma padrão de projetar cidades.”
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