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5 tendências de inovação que vão “invadir” as cidades
Assuntos quentes nas conversas sobre tecnologia, como sustentabilidade, inteligência artificial, diversidade e equidade chegam de vez no planejamento urbano.
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Redação em 10 de abril de 2023 5minutos de leitura
Muitas vezes, parece que o mercado de inovação está enclausurado em uma ilha de futuros inatingíveis, tendências indecifráveis, siglas ininteligíveis, futuros inatingíveis. Por isso é importante apertar a “tecla SAP”. Afinal, todos vivem a inovação no cotidiano, embora quase nunca a percebam como tal. Em vez disso, ela é sentida como “aquele negócio novo que facilitou minha vida”. Um dos principais eventos de inovação do mundo, o South By Southwest (SXSW), realizado em março, na cidade de Austin, no Texas, é justamente onde assuntos complexos apontam os caminhos para o futuro. Por lá passam empresas de tecnologia, inovação, digital, design, criação, além de especialistas em tendências e comportamentos. É de lá que apresentamos a seguir cinco das principais tendências para o cotidiano das cidades.
1. Sustentabilidade é AGORA
A preocupação com as mudanças climáticas saiu do discurso e chegou à ação. Como na COP-27, o foco agora é na mitigação, muito mais do que na prevenção. E o chamado para esse movimento é para todos.
“A mudança climática é uma ameaça existencial para nós, humanos. É, certamente, uma ameaça para tudo que valorizamos, inclusive, o mundo natural. E é um problema grande e complicado o suficiente para precisarmos de todas as alavancas que temos para resolvê-lo. Isso envolve o governo. Isso envolve os indivíduos. E isso envolve os negócios, que não podem mais se esconder por trás das externalidades”, decretou o CEO da Patagônia, Ryan Gellert.
Nas cidades, a tendência faz parte da realidade. Seja para o bem, com planejamentos e planos diretores que colocam o meio ambiente em primeiro lugar. Seja para o mal, com as consequências devastadoras do caos climático.
2. Conexão humana (e artificial) nas cidades
A perspectiva humana se une à tendência mais repetida em todos os cantos do SXSW: a inteligência artificial generativa. Aquela que consegue processar uma enorme quantidade de dados e criar novos formatos a partir deles. Para as cidades, a tecnologia pode ser usada para encontrar soluções técnicas e para analisar rapidamente a resolução de problemas.
“Diria que a cidade do futuro é construída colaborativamente, de maneira democrática e transparente. Ela faz uso de tecnologias porque a gente simplesmente precisa delas. Veja São Paulo com mais de 20 milhões de habitantes. Uma cidade assim precisa incorporar IA em seus processos até para melhorar os serviços públicos. Então, é necessário fazer uso das tecnologias existentes. Mas o governo tem que ser consciente também de que as decisões de inovação tecnológica têm seus riscos. É preciso fazer esse tipo de debate e é preciso empoderar as pessoas para que elas participem. Decisões tecnológicas também devem ser tomadas de maneira colaborativa”, disse Bruno Ávila, o brasileiro digital planner de Amsterdã, em entrevista ao Clube de Criação.
Ávila se apresentou no SXSW deste ano, mostrando como a cidade holandesa está utilizando Digital Twins para ampliar a conversa com o público.
3. Todos a bordo!
Enquanto as discussões sobre os limites da inteligência artificial enchiam as palestras e painéis, outro assunto era abordado com esmero por parte daqueles que pensam em inovação: como colocar todos na mesma página. Afinal, não se trata apenas de ter os perfis mais diversos nas empresas e nos Conselhos, mas também de atender todos os tipos de pessoas.
A inclusão é essencial para planejar as cidades do futuro. E o exemplo vem de Reykjavik. A capital islandesa está colocando de pé uma reforma escolar em toda a sua grade. Um plano desse não se transforma em realidade em poucos dias ou meses. Além disso, é preciso escutar aqueles que serão mais afetados por essa nova política: as crianças. No SXSW, a designer Embla Vigfúsdóttir mostrou a exibição interativa que criou na capital islandesa: crianças podiam mostrar o sentimento que tinham com a volta às aulas.
Por meio de fios e conexões coloridas, as crianças também puderam ver o andamento do projeto, bem como mostrar como se relacionavam com o espaço escolar. Um jeito inovador, mas não exatamente digital, para contar com a participação de todos no planejamento urbano.
4. Nova relação com o trabalho
Além das tecnologias, o trabalho, mais especificamente, os aspectos de equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal foram temas de uma trilha de painéis e palestras. Ampliação de home office e a semana de quatro dias úteis foram vistas como tendência para os próximos anos.
Para a COO da agência digital nova iorquina AREA 17, Hannah Kreiswirth, a cidade do futuro irá absorver esse equilíbrio de forças. Em painel que tratava sobre o futuro do design urbano, Hannah comentou que vê a cidade do futuro como uma infraestrutura que permite a flexibilidade do cotidiano.
No aspecto de políticas públicas, a mudança de comportamento das pessoas com relação ao trabalho já altera o planejamento dos centros das cidades, foi o que contou o prefeito da cidade de Long Beach, Rex Richardson. Segundo ele, a remodelagem da área de centro da cidade californiana levou 10 anos e contava com uma série de prédios de escritórios. Com a pandemia, o espaço não só ficou vazio, como levou os comércios em volta a fugirem.
“Agora estamos pensando em como será a próxima década, como podemos repensar nosso centro da cidade para rearranjar mais oportunidades para as famílias se mudarem para o centro. Como facilitar a conversão de espaço de escritório em habitação”, comentou Richardson.
5. Vamos voar pela cidade?
No festival, a Eve Air Mobility, startup da Embraer, apresentou seu primeiro protótipo de “carro voador”. O eVTOL, um veículo elétrico de voo, que deve ser lançado em 2026, com início dos testes em cidades no próximo ano. Em um primeiro momento, a aeronave terá autonomia para voos de 100 quilômetros, sem emissão de ruídos. A tendência ligada à novidade é a da eletrificação dos veículos, sejam estes carros, transportes públicos ou aeronaves. “A adaptação de edifícios e layouts de cidades e vilas estão levando em consideração as necessidades de veículos elétricos. Os centros das cidades estão começando a alocar vagas de estacionamento para pontos de carregamento. Os municípios estão explorando como podem eletrificar seus veículos, de ônibus a caminhões de bombeiros, além de desenvolver a infraestrutura para essas opções operadas por bateria”, indicou Amy Webb, em relatório do Future Institute Today.
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